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DDR5 | O que sabemos desse novo padrão de memória até agora

Por| 13 de Março de 2019 às 19h02

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Tech4Gamers
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Por muitos anos temos visto o preço de peças e componentes de computadores crescendo e fazendo cada vez mais gente optar por manter um desktop ou notebook velhinho por mais tempo do que trocá-lo por um novo. Nesse cenário, os pentes de memória têm sido um dos principais vilões, com valores médios, no mercado brasileiro, de R$ 300 a R$ 350, podendo custar ainda mais caro dependendo das especificações.

Esse movimento, porém, tem se amenizado desde 2018, quando as fabricantes de memória resolveram voltar a atenção para o DDR5, novo padrão que promete entregar uma largura de banda maior e consumir menos energia que seu antecessor. Como sempre acontece com um lançamento assim, a expectativa é que os novos módulos cheguem custando uma pequena fortuna, mas que também revolucionem e superem os padrões atuais com pelo menos o dobro de desempenho.

Mas o que exatamente sabemos sobre esse novo padrão DDR5 até agora? Como ele vai fazer isso? É o que discutiremos nesta matéria.

Desempenho e eficiência energética

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O Jedec, órgão que desenvolve e define padrões abertos para a indústria de microeletrônicos, já vem trabalhando nas especificações do DDR5 há uns bons anos, mas ainda não chegou a uma documentação conclusiva sobre ele.

Apesar disso, já foi oficializado o padrão LPDDR5 de baixo consumo, normalmente utilizado em smartphones, tablets e dispositivos móveis que exigem menos energia para funcionar. Suas especificações indicam que ele possui o dobro de velocidade base do LPDDR4, saltando de 3.200 MT/s para 6.400 MT/s. Trazendo para termos que qualquer um pode entender, isso significa que provavelmente teremos módulos capazes de operar a pelo menos 6.400 MHz. Se levarmos em consideração que hoje é possível atingir 5.608 MHz em módulos DDR4 com overclock, dá para imaginar que o céu é o limite para o novo padrão.

Como aconteceu com todos os padrões de memória lançados até aqui, é seguro afirmar que não vai demorar muito para vermos módulos com velocidades de frequência e tamanhos diferentes. A dúvida que fica é quão diversificadas serão essas especificações, o que deverá demorar um tempinho se levarmos em conta que as fabricantes precisarão de tempo para dominar e levar o novo padrão a novas fronteiras.

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Um gostinho disso tudo já foi oferecido pela SK Hynix. Durante o International Solid-State Circuits Conference 2019 (ISSCC), que aconteceu entre 17 e 21 de fevereiro, a fabricante apresentou um módulo DDR5 capaz de transferir até 6,4 Gb/s exigindo apenas 1,1V. O que chama atenção aqui é o quanto de energia o chip exige, bem abaixo dos atuais 1,2V e 1,4V dos módulos DDR4 — que, inclusive, podem consumir ainda mais se estiverem em overclock.

Mais impressionante que isso só o módulo LPDDR5 detalhado pela Samsung no mesmo evento. Mesmo voltado para dispositivos móveis, ele é capaz de empurrar até 7,5 Gb/s exigindo apenas 1,05V.

Quão além disso o novo padrão poderá ir, só o tempo dirá. Por enquanto, informações adicionais são escassas e as fabricantes evitam dar mais detalhes, mas, pelo que já foi mostrado, é seguro afirmar que o DDR5 dará um salto de desempenho e eficiência energética considerável em relação ao que vemos atualmente no mercado.

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Capacidade

Além de dobrar o desempenho, o DDR5 deve dobrar a densidade do DDR4. Isso significa que muito provavelmente teremos pentes DDR5 de até 32 GB e dimensões pelo menos iguais a dos atuais — embora a tendência seja que eles diminuam. Caso realmente ocorra a redução dos módulos e sua capacidade dobre, a expectativa é de computadores com muito mais memória RAM ocupando menos espaço físico — bastando CPU e chipsets saberem tirar proveito disso.

Para conseguirmos visualizar isso de verdade, o Intel Xeon W-3175X suporta até 192 GB de RAM numa placa-mãe ASUS ROG Dominus Extreme com 12 slots DDR4 em hexa-channel. O problema é que isso exige desembolsar, no exterior, cerca de US$ 3 mil com o processador, US$ 1.800 com a mobo e mais uma nota com os 12 pentes de memória de 16 GB. Com o DDR5 definido e já popularizado no futuro, a ideia é que esse valor seja menor e uma máquina dessas exija apenas 6 slots de 32 GB. Já no âmbito doméstico, poderemos ter desktops e notebooks com 64 GB de RAM com apenas dois pentes instalados, já imaginou?

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Preço e disponibilidade

E já que pincelamos o assunto "preço", quanto custará e quando exatamente estarão disponíveis esses novos módulos DDR5? A verdade é que, assim como o Jedec, as fabricantes já vêm trabalhando neles há algum tempo, mas até agora o lançamento tem ficado só na promessa. A primeira previsão era de lançamento até o fim de 2018, o que acabou não acontecendo. Durante o ISSCC 2019, tanto Samsung quanto SK Hynix lançaram um novo deadline: até o fim de 2019.

No evento, nenhuma das fabricantes deu mais detalhes do que exatamente estão aprontando e se limitaram apenas a dizer quais são seus focos: a Samsung quer atacar o mercado mobile, enquanto a SK Hynix está apostando nos desktops e notebooks.

Também nada foi dito sobre os preços, mas quem acompanha a indústria sabe que módulos de memória que atendem a novos padrões custam caro. Mesmo assim, basta observar o mercado atual para concluir que quanto maior a frequência e densidade das memórias, mais caras elas são. Então, se estamos falando aqui de módulos com o dobro de capacidade e velocidade, o preço inicial deve ser estratosférico.

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A SK Hynix, entretanto, projeta que esse novo padrão será responsável por 44% do mercado até 2022. Então, é possível que só daqui a três anos essas memórias caibam nos nossos bolsos.

Com informações: AnandTech, HotHardware, Guru3D, Tom's Hardware