Testes com o chip A15 confirmam que Apple trocou performance por versatilidade
Por Eduardo Moncken • Editado por Wallace Moté |
As melhorias de performance do A15 Bionic foram discretas, e talvez por isso a Apple comparou seu chipset com o mercado Android em vez de apontar as melhorias em relação ao seu SoC anterior como normalmente faz em suas apresentações. Porém, algo curioso é que a marca resolveu partir para uma abordagem diferente com sua plataforma este ano, e isso acabou por produzir resultados peculiares dependendo do produto analisado.
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Olhares mais atentos notaram que os iPhone 13 Pro terão um chip A15 com cinco núcleos de GPU em vez de quatro. Descobriu-se que o iPad Mini também — apesar do clock inferior de 2,93 GHz na CPU. O iPhone 13 e iPhone 13 mini rodam o processador a 3,23 GHz, mas trazem menos poder gráfico.
E bem, isso vem produzindo resultados diversos em benchmarks. Como o esperado, há um belo avanço em testes de GPU para os iPad Mini e modelos Pro do iPhone 13. No Geekbench 5 eles obtiveram mais de 13 mil pontos. O que os deixa cerca de 50% à frente em poderio gráfico em relação ao iPhone 12 Pro. Quando o iPhone 13 entra no comparativo, sua performance alcança os pouco mais de 10 mil pontos — cerca de 16% acima da GPU de geração passada.
Testes de estresse do processador deixam mais evidente o porquê da Apple não ter comparado o SoC A15 com o A14: os ganhos foram discretos em potência single-core (11%) e quase imperceptíveis em multi-core (4%). A diferenciação do clock entre o iPad Mini e os novos iPhone 13 permitiu que os celulares se saíssem melhor, enquanto o novo tablet ficou equiparado ao desempenho do iPhone 12 Pro.
Personalizações que mudam tudo
Ou seja, pelo motivo que for, o Apple A15 não foi projetado para ser o próximo avanço de performance da Apple. A estratégia parece estar concentrada em conservar a reputação de desempenho dos chips da marca, ao passo que os torna mais personalizáveis para operações diversas em produtos diversos. Vide que o iPad Mini se sai pior em testes de CPU, mas é superior em GPU, pois sua tela grande é visada para edição multimídia e jogos. E a empresa nem ao menos necessita produzir um chip específico para se adaptar a isso.
Outro produto que não recebeu grande upgrade de SoC foi o Apple Watch Series 7. Apesar do novo design que reduziu ainda mais as bordas, o processador é o mesmo do Series 6. Foi uma estratégia usada pela empresa também no Series 5, que repetiu o chip do Series 4.
Vale lembrar, muitas novidades já estão sendo cogitadas por analistas e insiders para o ano que vem. Já se falam nos recursos do iPhone 14, e na possibilidade dele vir acompanhado com o primeiro headset de realidade aumentada da Maçã. Muito antes disso tudo, mais curiosidades e particularidades dos gadgets de 2021 devem ser reveladas, especialmente a partir desta sexta-feira (24) quando eles começam a ser enviados aos compradores em vários locais do mundo.
Fonte: Mac World