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Nvidia dobra investimento em supercomputador no Reino Unido com a ARM em mente

Por| Editado por Wallace Moté | 21 de Junho de 2021 às 15h30

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Divulgação/Nvidia
Divulgação/Nvidia
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A Nvidia balançou o mercado de tecnologia quando anunciou no ano passado a aquisição da ARM na transação mais cara da indústria de tecnologia, desembolsando US$ 40 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões, em conversão direta). A compra é de enorme impacto considerando o alcance da ARM, hoje presente em praticamente todos os smartphones do mercado e com ambições de expansão para novos segmentos.

Enfrentando resistência de gigantes como Qualcomm e Microsoft, a transação está hoje sob investigação pelos órgãos de proteção de mercado do Reino Unido, que avaliam possíveis impactos da compra. Ao que parece, a Nvidia não está satisfeita com a situação, e começou a agir para pressionar a fiscalização a liberar a conclusão da aquisição.

Nvidia dobra investimento em supercomputador britânico

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Durante a conferência The Six Five Summit, focada em discutir estratégias de negócios, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que a empresa planeja investir cerca de 100 milhões de dólares (R$ 280 milhões) no Cambridge-1, novo supercomputador do Reino Unido. O valor mais que dobrou desde o anúncio original do projeto, ocorrido pouco depois da compra da ARM.

A máquina será voltada para pesquisadores do ramo da saúde e já teve anunciada a participação de gigantes do ramo como AstraZeneca e GlaxoSmithKline (GSK). Segundo a Nvidia, o Cambridge-1 será o mais poderoso do Reino Unido e 29º mais potente do mundo, utilizando 80 DGX A100, unidade de computação da empresa que utiliza a microarquitetura Ampere, presente nas placas RTX 3000.

Huang revela que o novo valor é apenas um "ponto de partida", sugerindo assim que valores ainda maiores devem ser aplicados no Cambridge-1 futuramente. Além disso, a fabricante já planeja um sucessor para o dispositivo — o Cambridge-2, que será baseado em processadores ARM.

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Investimento mostra comprometimento com a ARM

Os intensos investimentos da Nvidia mostram o comprometimento da empresa com o mercado britânico, e acabam pressionando os órgãos reguladores quanto à aquisição da ARM. Uma das preocupações em relação à transação é a de que a ARM poderia migrar a base de operações para outro país, afetando assim a economia do Reino Unido.

Além do investimento milionário, a fabricante de GPUs se comprometeu a manter a central de operações da ARM no país europeu e de manter a neutralidade da companhia no mercado, que atende potenciais concorrentes da Nvidia, incluindo as próprias Qualcomm e Microsoft.

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Fonte: TechRadar (1, 2), Reuters