Qual é o melhor chipset da Intel em 2023?

Os chipsets são circuitos presentes na placa-mãe para fazer com que todos os componentes de um PC trabalhem de forma conjunta. A cada uma ou duas gerações, a Intel lança novos chipsets compatíveis com seus processadores e traz inovações para esses produtos. Nesta lista, o Canaltech selecionou os principais chipsets da Intel em 2023 e conversou com o engenheiro de aplicações da companhia, Yuri Daglian, para entender mais sobre essas tecnologias.

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Antes de tudo, é importante salientar que não existe um chipset melhor ou pior. Na verdade, o melhor chipset é aquele que mais se adequa ao seu uso. Dessa forma, as linhas H são aquelas voltadas para usuários de entrada (com exceções), enquanto a B é para uso intermediário e o Z fica com os produtos topo de linha. Vale lembrar também que os chipsets que começam pelos números 6 e 7 têm o mesmo soquete, ou seja, os processadores da 12ª até a 14ª geração são totalmente compatíveis.

H610

Nossa lista começa com o popular chipset H610. Esse é o chipset ideal para quem pretende montar uma máquina de entrada, variando entre processadores Core i3 até a família dos Core i5 mais acessíveis. As motherboards com esse chipset são encontradas por valores bem amigáveis.

As H610 são perfeitas para montar aquele computador básico, com um orçamento mais limitado, e que seja voltada para navegação na internet, assistir filmes, fazer trabalhos acadêmicos e até mesmo trabalhar. Aliás, esse é um bom chipset para equipar máquinas de empresas que trabalham com processos não tão exigentes, como recursos humanos ou administração.

Embora placas-mãe desse segmento sirvam bem para os Core i5, tome cuidado. O ideal é evitar os modelos com o sufixo K, que aquecem mais e podem reduzir a expectativa de vida do componente por conta do alto calor gerado. Para esses casos, é bom pular direto ao próximo tópico.

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B660 e B760

A linha de chipsets B660 é considerada o meio de campo para os usuários. Placas-mãe com essa tecnologia geralmente oferecem um bom custo-benefício e acomodam bons processadores das famílias Core i5 e i7 sem problemas. Esse aquela famosa categoria que engloba as placas-mãe boas, bonitas e - quase - baratas.

"Muitas vezes o usuário não vai utilizar um processador da série K [que permite overclock]. Então, se eu procurar um bom nível de performance para a placa-mãe, mas sem esse tipo de recurso, eu posso usar chipsets intermedários como os B660, B760, H670 e assim por diante", explica Yuri.

O final 60 é muito interessante para usuários que podem abrir mais a carteira para ter configurações mais equilibradas. É nesse tipo de placa-mãe que as máquinas gamer mais recomendadas pelo Canaltech são montadas, pois oferecem o melhor tipo de custo-benefício em relação ao que elas oferecem e o preço cobrado.

Esses chipsets ainda são indicados para montar aquele computador mais básico, embora a melhor opção ainda seja a família H610. No entanto, o segmento Bx60 pode ser interessante caso você queira dar mais longevidade a um computador, mesmo que seja para uso moderado. No mercado corporativo, é uma boa oportunidade para montar PCs mais parrudos focados em certos aplicativos com um nível de complexidade maior, já que as placas-mãe com esse chipset aguentam processadores robustos.

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H670 e H770

Para os chipsets da linha H670 e, consequentemente, para os H770, a Intel posiciona as placas-mãe com essa tecnologia de uma forma diferente. Eles estão localizados acima da linha B660/B760, mas abaixo dos Z690/Z790.

"Nem sempre o chipset H é de entrada. Quando o final é 70, como H670, significa que ele está acima dos modelos intermediários, mas abaixo do chipset Z. A gente tem que tomar cuidado, pois nem sempre o H representa produtos de entrada", explica o engenheiro do Time Azul.

Os produtos com esse tipo de tecnologia não são os mais famosos da Intel, justamente por conta da confusão criada com o prefixo H, que relaciona o chipset com seus irmãos menores do segmento de entrada. No entanto, as semelhanças realmente param por ai, já que os H670/H770 são tão bons quanto os intermediários com o final 60.

Placas-mão com essa tecnologia não muito abundantes no mercado brasileiro, mas compartilham características com as B660/B760. O que muda na maior parte dos casos são detalhes na construção, mais portas para SSDs, estruturas de dissipação de calor mais avantajadas e um visual mais bonito. O preço é levemente mais caro e isso pode ser um ponto negativo, mas por valores iguais vale ponderar a mainboard com as melhores características, já que o nível de desempenho da máquina não será afetado.

Z690 e Z790

Os chipsets Z690 e Z790 são modelos são entusiastas, ou seja, voltados para usuários que querem ter excelentes placas-mãe. Motherboards com essa nomenclatura têm amplo suporte para overclock e são indicadas para quem planejam montar máquinas com processadores de alto desempenho, como os Core i7 e Core i9.

Enquanto a Z690 é vendida de forma bem mais ampla com o protocolo de memória RAM DDR4, as Z790 já têm placas-mãe que abraçaram de vez o DDR5. Esse diferencial é interessante para quem quer se manter com um produto longêvo, mas saiba que você terá que abrir mais da carteira.

"Esses chipsets da série Z têm suporte ao overclock e a um número maior de periféricos. Eles são projetados para utilizar em processadores da série K, desbloqueada para o overclock. Esse chipset vai entregar todos os recursos, todas as funcionalidades, mas tem um custo bem elevado", ressalta Daglian.

Placas-mãe com esse chipset não são para jogadores casuais, que podem encontrar o produto ideal nas B660/B760. Os chipsets desse tópico são o que há de melhor em tecnologia da Intel e foram especialmente desenvolvidos para aguentar os processadores mais exigentes e quentes disponíveis no mercado. Além o design marcante dos modelos, a construção é um ponto de destaque para aguentar as altas temperaturas por bastante tempo.

No ramo profissional, designer, editores ou desenvolvedores precisam de mainboards com essa tecnologia para dar conta dos processadores parrudos, responsáveis pelos cálculos de seus projetos complexos. No fim das contas, as Z690/Z790 são componentes bem caros, mas que entregam um nível de qualidade premium e certamente não vão decepcionar quem levá-las para casa.

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Tabela de especificações

Abaixo, separamos uma tabela completa com os principais dados a respeito desses chipsets. Via de regra, os modelos topo de linha terão as inovações mais recentes, como o PCIe 5.0 para placas de vídeo e SSDs, mais portas USB com velocidade superior, etc.