AMD confirma suporte a RAM DDR5 e PCI-E 5.0 para próxima geração de CPUs Ryzen
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Liderando o mercado em termos de performance e eficiência energética, a AMD comemorou nesta semana os 5 anos da família Ryzen. A primeira geração, baseada na microarquitetura Zen, foi lançada em 2016, e ainda que não tenha superado os concorrentes da 6ª geração de processadores Intel Core, foi o ponto de partida para a ascensão da empresa nos anos seguintes.
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Para celebrar a ocasião, a gigante divulgou um vídeo em que relembra a trajetória da linha Ryzen, ao mesmo tempo em que revela alguns planos para as próximas gerações dos processadores. Um dos principais destaques é a confirmação de que a próxima geração empregará uma nova plataforma, munida de recursos como RAM DDR5 e barramento PCI-E 5.0.
Arquitetura híbrida e a nova plataforma AM5
O primeiro ponto interessante revelado pela AMD no vídeo é o de que a empresa não planeja apostar em uma arquitetura híbrida, ao menos não por enquanto. A combinação de núcleos de alto desempenho com núcleos de baixo consumo não é nova, e já é bastante comum em smartphones, mas ganhou mais atenção com o Apple M1 e o alto nível de performance que entrega, bem como com o anúncio da linha Intel Alder Lake.
A AMD destaca ser a atual líder de eficiência em soluções baseadas na arquitetura x86, e revela que pretende focar em outros caminhos para se manter no topo quando o assunto é consumo. Entre eles, é citada a nova tecnologia 3D V-Cache, que adiciona memória diretamente sobre a CPU, e a ampliação do uso de chiplets, conceito em que chips menores são utilizados para compor um chip maior.
A fabricante também aproveitou a oportunidade e confirmou que lançará uma nova plataforma em 2022, abandonando assim a AM4, cuja vida útil passou dos 5 anos. A nova AM5 estreia com diversas tecnologias modernas, incluindo RAM DDR5 e barramento PCI-E 5.0, confirmando os rumores de que a AMD seguiria a Intel logo após o lançamento das novas funcionalidades.
Outra novidade bem-vinda é a confirmação de que haverá suporte a coolers pensados para a plataforma AM4, facilitando assim a transição entre gerações. Tal retrocompatibilidade impressiona, considerando o aumento na contagem de pinos do soquete, que deve passar dos 1.331 para 1.718, de acordo com os rumores.
Ryzen com 3D V-Cache e novos chips para laptop chegam no início de 2022
Mesmo com a iminente chegada da plataforma AM5, a AMD prepara uma última novidade para o soquete AM4: os novos Ryzen com 3D V-Cache. Ainda baseados na microarquitetura Zen 3, os chips estão confirmados para chegar ao mercado no início de 2022, prometendo saltos de 15% de desempenho em games.
A companhia reforça como o ganho de desempenho oferecido pelo cache empilhado é equivalente ao "salto de uma geração", o que reforça suspeitas de que a linha munida da tecnologia pode se chamar Ryzen 6000, dando margem para que as CPUs da geração seguinte, baseadas em Zen 4, assumam a nomenclatura Ryzen 7000.
Ainda no início de 2022, a AMD lançará uma nova geração de processadores Ryzen para notebooks que, segundo a fabricante, "explorará novas possibilidades para aumentar a eficiência energética". Para isso, serão empregados múltiplos algoritmos pensados para aumentar a eficiência em diferentes tarefas, como edição de documentos e games, além de novos power states, habilitando e desabilitando núcleos conforme a necessidade.
Rumores já haviam indicado a existência dos novos Ryzen para laptops, sugerindo que os lançamentos contarão com GPUs integradas baseadas na microarquitetura RDNA 2, mesma utilizada nos consoles de nova geração e nas placas Radeon RX 6000, e o aguardado suporte à conexão USB 4, que inclui compatibilidade com GPUs externas e altas taxas de transferência.
Futuro dos Ryzen com processamento paralelo
Por fim, a AMD discutiu brevemente o futuro roadmap da família Ryzen, e as tecnologias em que pretende investir para as novas gerações. O foco na eficiência e alto desempenho foram mais uma vez destacados, e ao que parece, núcleos auxiliares devem ser as apostas da empresa, de maneira similar ao que soluções como o Google Tensor do Pixel 6 atuam.
Durante o vídeo, a gigante cita como a adoção de Inteligência Artificial e Machine Learning aceleradas por hardware em futuros processadores poderia aumentar o desempenho exponencialmente, tornando-os mais eficientes sem a necessidade de empregar recursos como núcleos de baixo consumo ou tecnologias semelhantes.