FGTS Digital começa a operar no Brasil; entenda como funciona
Por André Lourenti Magalhães • Editado por Douglas Ciriaco |
O Governo Federal começou a implementar hoje (1º) o FGTS Digital, um conjunto de sistemas integrados que reduz a burocracia e melhora a gestão para arrecadar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço pelas empresas. O serviço estava em fase de testes desde agosto de 2023 e passa a operar nos sistemas da Caixa Econômica Federal a partir do mês de março deste ano.
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A plataforma vai incorporar os dados fornecidos pelo eSocial e diversos eventos relacionados ao trabalhador, como admissões, desligamentos e mudanças cadastrais ou contratuais, de forma que as informações sejam sincronizadas quase que simultaneamente para gerar guias de pagamento e outros serviços.
Além disso, o FGTS Digital pode ser integrado a outros serviços desenvolvidos pelo Governo Federal, como o uso do login via Gov.br e o Pix, que se torna uma das formas de pagamento disponíveis para recolher o valor do fundo. De forma geral, as mudanças afetam mais as empresas do que os trabalhadores, pois envolvem a gestão de todos os dados e tarefas burocráticas de pagamento.
A gestão da plataforma é de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), enquanto a Caixa continua como a agente operadora, responsável por administrar o dinheiro.
O que muda com o FGTS Digital?
A grande vantagem do novo sistema está na gestão simplificada e mais segura. A plataforma adota o número do CPF do empregado como forma de identificação, o que ajuda a evitar problemas com o número do PIS — em alguns casos, a mesma pessoa poderia ter duas identificações diferentes do programa e gerar inconsistências.
"O FGTS Digital reduzirá as horas trabalhadas nas empresas [para fornecer dados do Fundo]. O trabalhador terá mais transparência sobre os depósitos do fundo", declarou o ministro do trabalho Luiz Marinho durante a apresentação da novidade.
O MTE pontua ainda outras vantagens:
- Repositório online com todas as informações e opção para download, sem a necessidade de criar um backup físico;
- Filtros para gerar guias para cada trabalhador rapidamente;
- Personalização da guia de recolhimento de acordo com as necessidades da empresa;
- Relatórios online;
- Consulta de débitos em aberto;
- Extratos individualizados.
É importante reforçar que o acesso ao saldo do FGTS para cada trabalhador não muda: a consulta é feita a partir do aplicativo para Android e iOS.