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Steam Machine não será subsidiado e seguirá preços do mercado de PCs

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Valve, Canaltech
Divulgação/Valve, Canaltech

Em uma conversa no podcast estrangeiro Friends Per Second, publicado no último sábado (22) no canal do YouTube Skill Up, os representantes da Valve, Pierre-Loup Griffais e Lawrence Yang, compartilharam novidades sobre a estratégia de precificação que a companhia irá adotar no novo Steam Machine.

Muitos apostavam que a Valve tentaria subsidiar o hardware, ou seja, vender com prejuízo e recuperar o valor com sua comissão de 30% sobre os jogos vendidos no Steam, tal como Nintendo, Xbox e PlayStation fazem há anos.

No entanto, este não será o caso, o que pode significar que o Steam Machine terá um preço mais salgado do que o esperado. De acordo com Griffais, "a Valve não está entrando nisso pensando 'vamos arcar com um grande prejuízo, para que possamos aumentar a participação de mercado ou a categoria' ou qualquer coisa assim".

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Ou seja, a precificação será mais próxima de um PC que montamos por conta própria com especificações parecidas. Apesar disso, os representantes da empresa afirmaram que estão buscando um bom custo-benefício. Segundo eles, a Valve está com dificuldades em refinar o preço final do Steam Machine devido a fatores externos.

Um desses fatores pode estar ligado ao aumento repentino dos preços de memória RAM por conta da demanda expressiva de componentes no setor de Inteligência Artificial, deixando a DDR5 muito mais cara para o consumidor final. Também há uma crescente preocupação com chips de armazenamento, como SSD e HDD, que estão sendo requisitados por companhias voltadas para IA.

Griffais explica que o preço irá refletir características que são difíceis ou quase impossíveis de se replicar em PCs tradicionais, como o formato compacto do Steam Machine, baixo nível térmico e de ruídos, além da integração com TV via HDMI CEC.

Steam Machine vai valer a pena?

Apesar de ainda não sabermos o preço do Steam Machine, é possível colocar em xeque alguns fatores que serão decisivos no sucesso (ou fracasso) do hardware.

A Valve afirmou, no anúncio do Steam Machine há algumas semanas, que o PC compacto é sete vezes mais forte que o Steam Deck. No entanto, os representantes da empresa deixaram claro que se trata de uma máquina intermediária, que pode servir como porta de entrada para jogadores de consoles que não querem lidar com as especificações e características do PC.

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A ideia, na verdade, partiu de uma observação da Valve em seu dispositivo portátil. A empresa verificou que havia uma demanda por uma experiência de PC na TV, visto que 20% dos usuários do Steam Deck usavam o dock oficial (sem contar com docks de terceiros), como afirma Lawrence Yang.

Para quem se preocupa com performance, a expectativa é que o Steam Machine seja mais poderoso que cerca de 70% dos PCs gamer registrados em servidores da Valve, pelo menos em termos de GPU, como ressalta Griffais. Tudo isso pode e deve impactar no preço final da máquina.

Valve está aberta a um Steam Machine Pro

A companhia não descarta explorar novos modelos e está aberta a um possível 'Steam Machine Pro'. No entanto, os desenvolvedores estão focados no nível de especificação atual para atingir um ponto ideal entre acessibilidade e poder.

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A Valve evitará cometer o mesmo erro do Steam Machine original, lançado em 2015. Na época, o aparelho sofria com a falta de jogos, dada a dificuldade de portar os títulos para Linux/SteamOS. Agora, a empresa está em outro patamar, com o desenvolvimento do Proton e da API Vulkan, permitindo rodar jogos de Windows sem a necessidade de converter os títulos para Linux nativo.

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