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Review Like a Dragon: Ishin! | Vale a pena revisitar se você tiver tempo

Por| Editado por Jones Oliveira | 11 de Abril de 2023 às 15h00

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Divulgação/SEGA
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A franquia Yakuza pode ser considerada uma das maiores de todos os tempos e grande responsável pela popularização de certos assuntos da cultura japonesa entre seus jogadores mais assíduos. Isso proporcionou à Sega quebrar certos paradigmas nessa linha do tempo e trazer experiências diferentes, como Like a Dragon: Ishin!.

Antes de mais nada, é bom esclarecer: Ishin em nada tem a ver com Yakuza: Like a Dragon, lançado em 2020 e que tem um estilo bem diferente do que estamos acostumados na franquia. Aqui temos mais seriedade, sangue e uma evolução de narrativa mais densa e cansativa, que pode agradar os iniciados, mas afastar quem nunca experimentou nada nesse gênero.

O problema maior desse game está em como ele é trabalhado. Ele está muito mais para um remaster do que para um remake e isso pode trazer alguma frustração, sobretudo para jogadores novos. O Canaltech teve a oportunidade de jogar esta nova versão de Like a Dragon: Ishin! e vai te contar como foi a experiência.

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Muito blá blá blá

Como dissemos, o Like a Dragon: Ishin! original foi lançado em 2014. Desde então, 9 anos e passaram e o game envelheceu até que bem, embora falhas técnicas apareçam no gameplay e em cutscenes, mas é algo que falaremos mais adiante.

Bem, como bom RPG, existem muitos diálogos e, muitos deles, bem prolixos, deixando a trama em torno de Sakamoto Ryoma um pouco chata em dados momentos. O samurai, aliás, tem até uma trajetória parecida com a de Ichiban Kasuga, que protagonizou o Like a Dragon de 2020.

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Aqui, estamos em Bakumatsu, um período bem complicado na história do Japão que aconteceu logo no fim da Era Tokugawa e no começo da Era Meiji. Para quem é fã de animes, vai se lembrar desses nomes vindos de Samurai X (Rurouni Kenshin), que fala muito sobre esse período com a história de Kenshin Himura, conhecido como Battousai, O Retalhador.

Ryoma é um samurai dos mais habilidosos, que foi acusado de um crime que não cometeu. Para tentar solucionar esse problema e colocar as coisas em ordem, passou um tempo longe de sua casa, a cidade de Kyo, localizada ao sul de Shikoku e que é dominada pelo clã Yamaguchi. Agora ele precisa buscar as respostas e, com muitos combates e inimigos perigosos, descobrir que o colocou nessa enrascada.

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A história de Ishin, em si, é muito boa, mas sua construção rebuscada demais e lotada de diálogos incomoda. Sim, é um jogo de 2014 e RPGs japoneses possuem essa característica.

Gameplay agrada, mas é repetitivo

Como dissemos, Ishin é um remaster e não um remake, por isso todas as mecânicas vistas no jogo original seguem por aqui. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo do seu ponto de vista. Gostamos dos quatro estilos de luta (Swordsman, Gunman, Wild Dancer e Brawler) implementados pela Ryu ga Gotoku Studio, que mesclam o uso da espada, da arma de fogo e de ambos ou nenhum deles.

Mas há um certo desequilíbrio entre esses estilos, sobretudo com as armas de fogo, notadamente mais fortes e estranhamente modernas para a época. Em alguns inimigos mais fortes, simplesmente optei por dar tiros e me sentir em um verdadeiro faroeste nipônico.

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Há uma boa árvore de evolução para todos esses estilos e é possível construir armas novas à medida em que materiais são colhidos no mapa. A melhoria no nível de combate de Ryoma é das mais fáceis que vimos em um RPG, com progressão rápida e descomplicada.

Tecnicamente, as lutas transcorrem bem, mas o controle da câmera, por vezes, é deficitário, nos colocando em maus lençóis dependendo do inimigo. Também percebemos um certo delay na hora de efetuar combos mais complexos, algo que é bem frustrante em níveis mais avançados do game. No geral, a experiência de combate quase sempre é a mesma.

Para compensar essa sensação de repetição interminável, podemos fazer as missões secundárias ou minigames dentro do mapa, como pescar, por exemplo. Não é tão legal quanto em Yakuza: Like a Dragon, que temos fliperamas para jogar, mas quebra o galho.

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Graficamente mediano

Like a Dragon: Ishin! recebeu o pacote de melhorias para os videogames de nova geração, ou seja, há texturas melhoradas e poucos segundos de carregamento entre uma cena e outra, mas não nos sentimos em um game para o Xbox Series X e Series S ou PS5.

Em alguns momentos, sentimos problemas na hora da aplicação das texturas novas e houve alguns engasgos dependendo da cena ou do combate. No geral, os gráficos são até que bonitos, mas não para a tecnologia que temos hoje.

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Prós

  • Imersão em um momento intrigante da história do Japão
  • Personagens
  • Gameplay diverte, apesar de repetitivo

Contras

  • Muitos diálogos
  • Gráficos medianos
  • Pouca variedade de inimigos
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Like a Dragon: Ishin! vale a pena?

Mesmo sendo um jogo de 2014 que foi apenas reformado para 2023, Like a Dragon: Ishin! faz você imergir em um período conturbado da história do Japão, mas com boa dose de diversão e com um enredo interessante, apesar de lotado de diálogos desnecessários.

Like a Dragon: Ishin! está disponível para Xbox Series X e Series S, PlayStation 5, Xbox One, PlayStation 4 e PC.