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Preview Call of Duty: Vanguard | Levando tensão a um multiplayer consagrado

Por| Editado por Bruna Penilhas | 07 de Setembro de 2021 às 14h30

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Divulgação/Activision Blizzard
Divulgação/Activision Blizzard

A franquia Call of Duty não é necessariamente reconhecida por suas campanhas, mas sim pelos multiplayers frenéticos e, mais recentemente, pela explosão que todos conhecemos como Warzone. Sendo assim, chamou a nossa atenção, recentemente, o foco dado pela desenvolvedora Sledgehammer Games na campanha de Vanguard, suas histórias da Segunda Guerra Mundial e os combatentes que mudaram o curso do conflito. Claro, isso não significa que o online está renegado, muito pelo contrário.

Em uma segunda demonstração à imprensa, da qual o Canaltech foi convidado a participar pela Activision, as palavras de ordem eram dedo no gatilho e correria. São os elementos quase padronizados da experiência online da franquia, que no game mais recente ganha novos ares com a adição do modo Patrol — este aqui gerou uma das experiências mais insanas das quais já participei em um título multiplayer.

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Acredite, para quem acompanha Call of Duty desde os primórdios e tem uma predileção pelo Mata-Mata em Equipe, Patrol pode se tornar um novo favorito, principalmente quando consideramos que a ação movimentada, com um objetivo que passeia pelo mapa e não dá muito tempo para pensar, acontece em arenas com dezenas de pessoas, tiros por todos os lados e pedaços do cenário voando — mal dá tempo de observar as paisagens paradisíacas de Gavutu, que também tem muita história para contar pelos destroços de guerras atuais e passadas.

De certa maneira, podemos pensar neste modo como uma evolução das Zonas de Conflito de Modern Warfare, pelo menos no sentido do que a modalidade deseja fazer com o jogador. A ideia é introduzir mais uma opção de partida por objetivo a um multiplayer sempre focado na matança, mas fazer com que os usuários não parem de se mexer pelo mapa, em uma busca constante por novos pontos cobertura e a iminência de ataques dos inimigos que podem vir por todos os lados.

A verdade é que não dá muito tempo para pensar, com a defesa do ponto se dando muito mais pelo reflexo e pelo conhecimento das rotas do mapa do que pela estratégia em si. O objetivo nunca para de se mexer e é bastante estreito, o que faz com que o domínio da posição mude o tempo todo. Até mesmo elementos que normalmente nem são levados em conta em um multiplayer de Call of Duty, como lançar de volta uma granada jogada pelo inimigo ou o trabalho de rotação pelo mapa visto em MOBAs, podem ter espaço aqui.

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O Canaltech estava em um lobby de jogo ao lado de outros jornalistas e influenciadores. Patrol também se provou interessante por se tratar de uma demonstração mais de oportunidade e posicionamento do que habilidade — uma movimentação correta ou um ataque pelos flancos, por exemplo, permite que um único soldado acabe dizimando um grupo inimigo inteiro, alterando o balanço de poder da partida de forma extremamente rápida.

Estávamos no começo dos trabalhos, mas desde já, a ideia era que vai se sair melhor quem entender o caminho do objetivo pelo mapa, que às vezes tem elevações e múltiplos andares, exigindo o controle de verticalidade. Armas mais poderosas, como escopetas e explosivos, também passam a ter importância adicional nos combates muitas vezes próximos que acontecerão nestes cenários, representando uma possível mudança na jogabilidade tradicional da franquia Call of Duty.

Voando por todos os lados

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Para que a gente pudesse descansar da loucura proporcionada por Patrol, a Activision também nos colocou em modos mais tradicionais presentes em Call of Duty: Vanguard, como o tradicional Mata-Mata em Equipe ou com zonas de controle fixas. Isso não significou que as novidades dariam uma pausa.

Pelo contrário, as batalhas em cenários como Hotel Royale exibem de forma clara e visceral outra grande novidade do game, com os cenários destrutíveis e que, nas plataformas de nova geração, reagem de forma mais realista aos disparos. Há algo de especial em tentar se refugiar sob o balcão de um bar apenas para perceber que as explosões e disparos abrem buracos na decoração, explodem as garrafas e fazem vidro e madeira se espalharem por todos os lugares.

O jogo também abusa destes aspectos conferindo verticalidade ao cenário, com pontos de renascimento nas partes superiores, mas sem que os inimigos necessariamente possam ser atingidos de lá. As rotas pela parte externa do hotel contribuem para uma ação mais rápida, enquanto o tiroteio franco acontecesse no andar inferior, em um bar e restaurante que rapidamente se tornam algo diferente e bem mais destruído com a ação dos jogadores.

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São corredores estreitos e áreas cheias de ramificações e aberturas, naturais ou criadas pela ação da batalha, que conversam de forma direta com a quantidade de jogadores na partida. Com um lobby cheio, os indicadores de mortes entre os times nunca param de girar, enquanto bônus por matança sequenciais como cachorros com sangue nos olhos e explosivos que caem do céu apenas auxiliando em uma sensação de caos completo em um hotel que tem ação dentro e fora, enquanto é atingido pelas bombas de um ataque a uma Berlim sitiada.

Não é como se Call of Duty tivesse deixado de ser frenético em algum momento, mas Vanguard faz questão de elevar isso à última potência, empurrando os jogadores em uma sucessão de disparos, explosões, mortes e renascimentos. As partidas não duram muito, nem são curtas demais, com a rotação do placar dependendo apenas do dedo no gatilho de quem participa.

Um terceiro mapa, Red Star, apresenta uma combinação das duas experiências anteriores, em uma paisagem russa nevada com grandes áreas abertas que ligam edifícios de múltiplos andares. Os pontos fixos ficam nessas rotas, enquanto o ponto de controle em Patrol faz questão de passar por todo o espaço, gerando oportunidades de emboscada pelos combatentes inimigos que desejarem avassalar o time adversário inteiro de uma vez.

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Nesse ponto, vale a pena citar alguns elementos de balanceamento ainda desajustados, típicos de uma versão antecipada de um teste beta que ainda chegará aos jogadores. Metralhadoras pesadas, por exemplo, conseguem acabar com os oponentes de forma bem rápida, quase inescapável, enquanto os explosivos oriundos de sequências de mortes chegam a atingir os jogadores mesmo quando eles estão protegidos sob estruturas.

Temos diante de nós uma experiência caótica para quem joga e, com certeza, também para quem desenvolve, com a correria e a violência de Call of Duty: Vanguard contendo diferentes peças móveis que ainda estão caminhando para um resultado que promete encher os olhos. No multiplayer, esse retorno à Segunda Guerra Mundial e ao berço da franquia se une a inovações e adições recentes, criando uma soma que chama a atenção que parece ser visceral.

Quando poderei jogar Call of Duty: Vanguard, então?

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Felizmente, em breve. A Activision marcou para o dia 10 de setembro o início do beta aberta do game, primeiro para quem realizou a pré-compra do jogo no PlayStation 4 e PlayStation 5. Depois, a cada final de semana, os servidores voltam a abrir para os jogadores de Xbox e PC, bem como a quem ainda não adquiriu o game. Confira o calendário:

  • 10/09 a 13/09: exclusivo para quem fez a pré-compra no PS4 e PS5;
  • 16/09 e 17/09: aberto a todos no PS4 e PS5; exclusivo para quem fez pré-compra no PC, Xbox One e Xbox Series X|S;
  • 18/09 a 20/09: beta aberto a todos os jogadores no PC, PS4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.

Por fim, Call of Duty: Vanguard será lançado para todas as plataformas em 5 de novembro, em formato exclusivamente digital no Brasil. O jogo estará disponível em versões específicas para PC e consoles de nova e antiga geração, com um pacote multiplataforma também garantindo o upgrade por um valor adicional.

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Nota do editor: neste momento, a Activision Blizzard está sendo investigada por denúncias de assédio sexual, assédio moral e má conduta. Para mais informações, clique aqui.