Os 5 PIORES jogos que a Ubisoft já fez
Por Rafael Arbulu • Editado por Jones Oliveira | •
Por mais competente, endinheirada e mainstream que uma publisher seja, ela não é livre de cometer erros bem graves no desenvolvimento de seus jogos. Para a francesa Ubisoft, isso é especialmente verdade já que, por todo o histórico da empresa, seu currículo é recheado de altos e baixos.
E tal qual uma empresa exaltada diante de seus maiores sucessos, seus ditos fracassos também se fazem perceber. Às vezes de uma forma tão firme que, por mais que a Ubi deseje, nós simplesmente não a deixaremos esquecer.
Então, nesse ritmo de penitência eterna, o Canaltech listou os 5 piores jogos da Ubisoft.
5. Assassin's Creed Unity
A premissa de um novo jogo é que ele deve chegar às lojas, bem, finalizado, certo? Bom, aparentemente esse memorando passou longe das mesas de direção da Ubisoft, que deu sinal verde para as vendas de Assassin’s Creed Unity, uma péssima desculpa de videogame que chegou aos fãs com falhas grotescas de animações, gameplay bagunçado e bugs tão extensos que até hoje memes pejorativos usam o jogo como inspiração.
As coisas não melhoraram após inúmeras reclamações e críticas negativas, com a Ubisoft lançando um patch de 150 GB (na época, isso correspondia a quase dois Call of Duty) e prometendo “novíssimas animações” e “uma nova forma de jogar”. Bom, os erros continuaram e nós ganhamos um controle de câmera durante cenas de corte. Sério, Ubi?
4. Self-Defense Training Camp
Dica: ao contrário do que se possa parecer, jogos de luta e sensores de movimento não combinam. Falando na qualidade de praticante: existe toda uma nuance que mecanismos do tipo simplesmente não conseguem reproduzir. Desnecessário dizer, simuladores de luta do tipo mal servem como divertimento, quem dirá treino.
Então por que diabos a Ubisoft quis se aproveitar do Kinect — à época uma novidade do Xbox 360 e Xbox One — para lançar um “simulador de defesa pessoal”? Absolutamente nada no jogo funcionava como deveria, com falhas de leitura do Kinect não contabilizando golpes e movimentos. Estes, por sua vez, em várias ocasiões estavam fundamentalmente errados, ensinando coisas ruins a jogadores mais incautos.
3. Fighters Uncaged
Sério, vou falar de novo: jogos de luta e Kinect não funcionam, ok? Seguindo o exemplo do jogo anterior, Fighters Uncaged era uma tentativa bem ébria de criar um simulador de combate, desta vez com uma história clichê envolvendo ambientações urbanas e gente saindo no soco por qualquer razão esquecível.
Novamente, controles imprecisos e uma interface de usuário, na melhor das hipóteses, oscilante entre o “inútil” e o “incômodo” fizeram deste jogo um dos produtos mais detestados da publisher francesa. Adicione a isso o lançamento sem modo multijogador e gráficos que pareciam feitos para os primeiros anos do GameCube e temos aqui um dos jogos mais sofríveis que quem já tentou a sorte, não conseguiu esquecer tão cedo. Duvida? Olhe o vídeo aí embaixo e veja como o jogo se resume a "bicuda nos bagos"...
2. Watch Dogs
Ao contrário do que a maioria da crítica — tanto fãs como especialistas e a mídia — gostam de apontar, Watch Dogs não é de todo ruim. Considerando que, ao contrário de Unity, você conseguia jogar essa “aventura hacker” protagonizada pelo esquecível personagem Aiden Pearce, isso já conta muitos pontos a favor.
O pecado de Watch Dogs foi o hype: a Ubisoft teve um marketing tão eficaz em cima desse jogo que, verdade seja dita, a expectativa gerada nos fãs — bem como o subsequente balde de água fria — acabou sendo a culpada de uma máquina de comunicação muito bem lubrificada. Watch Dogs é “passável” e esse é o maior problema dele, considerando toda a propaganda que recebeu.
Claro, o fato de que o jogo recebeu um downgrade absurdo quando comparamos o trailer de anúncio e a versão final também não colaborou...
1. Call of Juarez: The Cartel
Aqui temos um problemão mais social: The Cartel, da franquia Call of Juarez, tirou a ambientação do Velho Oeste (onde competia com uma certa franquia aí) e o trouxe aos tempos contemporâneos, na zona fronteiriça dos EUA com o México. História óbvia, jogo de crime clichê etcetera, etcetera, The Cartel caminhava para ser o que foi Watch Dogs, antes de Watch Dogs sequer existir.
Mas aí o jogo chegou e, com ele, o uso praticamente proibitivo da Ubisoft de estereótipos que, hoje sabemos, são bem racistas. Uma missão do jogo, por exemplo, conferia achievements no Xbox 360 caso o jogador matasse mais de 40 inimigos, na única fase permeada por oponentes afro-americanos, e nenhum outro. Outros problemas incluíam a deliberada falta de precisão ao se tratar do tráfico de pessoas e drogas entre EUA e México, fazendo parecer que os crimes eram um problema da nação latina, enquanto o país norte-americano ocupa posição de “herói branco”.
Haja paciência...
Uma lista composta de apenas cinco jogos dificilmente fará justiça a qualquer ranking que se preze. Evidentemente, existem outras "pérolas" além das que listamos aqui, então resolvemos passar a bola para você, leitor. Quais jogos, na sua opinião, vieram apenas para provar que a Ubisoft sentou no quiabo na hora de lançá-los? Conte a sua opinião nos comentários abaixo!