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BGS 2022 | Horizon Chase 2 chega de olho no futuro, mas sem esquecer o passado

Por| Editado por Bruna Penilhas | 11 de Outubro de 2022 às 09h30

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Divulgação/Aquiris
Divulgação/Aquiris

Quando falamos de Horizon Chase Turbo, estamos falando de uma jornada de mais de sete anos e de um dos jogos brasileiros mais populares e queridos de todos os tempos. É uma estrada de diferentes expansões, muitas delas com cacife de um título completo por si só e, agora, uma sequência completa. É uma longa viagem que, agora, começa de novo.

Trata-se de um retorno às origens, ao mesmo tempo em que representa um olhar fixo no futuro. Horizon Chase 2 chegou no começo de setembro para o Apple Arcade e, por enquanto, segue exclusivo para os dispositivos do ecossistema da Maçã. Você pode não se lembrar, mas o primeiro game da franquia, antes de atender com o sufixo “Turbo”, também começou como um game mobile, ambiente para o qual a Aquiris retorna agora com uma nova engine, gráficos totalmente tridimensionais e, principalmente, uma nova abordagem.

A postura decorre de um dilema básico para os desenvolvedores de Porto Alegre (RS): em que momento a chave deveria ser virada, de DLCs e expansões, para uma sequência efetiva? “Criamos um jogo inspirado nos clássicos. Quando buscamos muita inovação, podemos nos afastar de nossas origens; mas quando não trazemos isso, acabamos não tendo justificativa para o ‘2’ do título”, explica Matheus Cunegato, game designer principal do novo jogo, em entrevista ao Canaltech durante a Brasil Game Show 2022.

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A barreira técnica foi o que motivou o salto. Enquanto o sucesso acontecia e as ideias fervilhavam, o primeiro Horizon Chase começou a mostrar seus limites em termos de desenvolvimento, com cada expansão demonstrando a necessidade de um projeto totalmente feito do zero, para que a Aquiris pudesse seguir adiante em um mundo, agora, tridimensional.

Usando o motor gráfico Unreal, o estúdio foi capaz de fazer um game completamente tridimensional, que nos bastidores, se parece muito mais com os jogos de corrida modernos do que com os clássicos absolutos que o inspiraram originalmente. Sai o estilo “esteira” e entra um mundo totalmente reformulado, que permitiu novas abordagens durante as corridas e a adição de novos elementos, como as bifurcações nas pistas, que se tornaram mais amplas, e jogabilidade, ao mesmo tempo, mais livre e com maior peso, entregando melhor resposta às ações dos jogadores.

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A mudança também auxiliou no próprio caráter do game, que precisa rodar bem e funcionar tanto na tela do iPhone quanto em televisores gigantes, conectados a uma Apple TV. Um trabalho hercúleo de design, interface e balanceamento, já que mesmo rodando em dispositivos diferentes, todos os jogadores competem no mesmo ranking e disputam nas mesmas pistas, enquanto o próprio tamanho dos displays muda o jogo em termos de visibilidade, enquanto a diferença entre touch e joystick faz o mesmo pela jogabilidade.

“Queremos que Horizon Chase 2 seja uma plataforma de elementos interessantes dentro da nossa mecânica. O jogo foi feito para que pudéssemos expandir e termos um projeto duradouro”, explica Cunegato. Além da parte técnica em si, ele também indica outros pequenos elementos, como as marcas de carros fictícias, os veículos desenhados por quem trabalha na indústria automotiva e detalhes dos cenários que adicionam elementos narrativos, que podem ser explorados de acordo com o crescimento do próprio jogo.

Entra em cena, também, alguns riscos relacionados a essa evolução, que o designer afirma estarem se dissipando cada vez mais. Na medida em que a Aquiris recebe o feedback do lançamento no Apple Arcade e prepara as edições para outras plataformas, ela também percebe que a comunidade altamente fiel criada pelo primeiro jogo segue correndo ao lado da empresa. “Tínhamos uma responsabilidade muito grande. Agora, a sensação é igualmente enorme, mas de dever cumprido”, completa Cunegato.

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Referências cruzadas

Chega a ser curioso ver como, na mesma BGS em que a Aquiris levou seus representantes para apresentar Horizon Chase 2 à imprensa, mais um retorno ao passado tenha acontecido. Em um anúncio surpresa, a QUByte, também brasileira, anunciou a coletânea Top Racer Collection, que reúne os três primeiros jogos da série Top Gear e um crossover com o primeiro Horizon Chase.

Agora, o game que inspirou tudo faz uma singela homenagem ao título que trouxe de volta o sentimento das corridas do passado e de seguir em alta velocidade na direção do horizonte. “É muito legal ver como o ciclo se fechou de uma maneira muito louca. Quando alguém traz uma referência a algo que estamos criando, é quando a gente enxerga que o trabalho bateu no coração das pessoas”, completou Cunegato, com um sorriso no rosto.

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Horizon Chase 2 segue como um game exclusivo do serviço Apple Arcade, com os assinantes tendo acesso a versões iOS, macOS e iPadOS do título, que também roda na Apple TV. Enquanto isso, versões para PC e consoles estão previstas para 2023.