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A história de Harry Potter nos games

Por| Editado por Bruna Penilhas | 01 de Janeiro de 2022 às 14h00

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Montagem/Reprodução/Divulgação/IMDB/Canaltech
Montagem/Reprodução/Divulgação/IMDB/Canaltech

Em 1997, o mundo conheceu a história de um jovem garoto que se descobre bruxo aos 11 anos de idade. O livro Harry Potter e a Pedra Filosofal deu início a uma das maiores franquias de sucesso da cultura pop até hoje.

Com sete obras da saga original e mais três baseados no universo, 10 filmes, uma peça de teatro e diversas outras produções, é claro que o mundo dos games também faria parte deste vasto mundo de fantasia que encantou milhões de fãs. A seguir, o Canaltech relembra os principais destaques da jornada de Harry Potter pelos videogames.

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“Eu adoro magia!”

Dezenas de games inspirados no universo foram lançados, sejam adaptações dos filmes e até mesmo outros jogos que se passam em Hogwarts e outros locais marcantes. Tudo começou em 2001, mesmo ano de lançamento do primeiro filme, com títulos bem diferentes entre si.

O primeiro, e muito desconhecido, foi o LEGO Creator: Harry Potter, para PC. Com a temática dos blocos coloridos, o game era praticamente um quebra-cabeça, em que o jogador precisava montar partes dos cenários para dar continuidade a história.

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Já o outro, bem mais popular, foi a adaptação Harry Potter and the Philosopher's Stone (Pedra Filosofal). Lançado no GameCube, PlayStation, PlayStation 2 e Xbox, acompanhamos o protagonista em seu primeiro ano em Hogwarts.

Com câmera em terceira pessoa, o jogo foi uma ótima experiência, permitindo fazer feitiços, jogar quadribol e coletar os marcantes feijões de todos os sabores espalhados pelo castelo.

No ano seguinte, em 2002, houve um repeteco, com outro LEGO Creator e outra adaptação, mas ambos inspirados em A Câmara Secreta (The Chamber of Secrets, no título original em inglês).

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O jogo de blocos foi aprimorado, permitindo controlar Harry, Rony e Hermione em sua versão de brinquedo e ainda oferecendo a opção do jogador criar o seu próprio personagem. Desta vez, o game ficou mais com uma cara de RPG maker, permitindo a elaboração de cenários e situações, indo além da resolução de quebra-cabeças da história.

Em Chamber of Secrets, também para GC, PS1, PS2 e Xbox, uma das novidades era a cutscene animada, dando mais destaque aos personagens em 3D, que eram a cara (levando em conta as limitações gráficas da época, é claro) dos protagonistas vividos por Daniel Radcliffe, Emma Watson (Hermione) e Rupert Grint (Rony).

Outra mudanças foram a complexidade dos feitiços, que deixaram de ser gestos com o analógico para se tornar sequência de movimentos com botões, e um mundo maior para se explorar.

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Em 2003, chegou a hora dos jogadores subirem na Nimbus 2000 e brilharem como os atletas mais importantes do mundo bruxo. Em Harry Potter and the Quidditch World Cup (Copa do Mundo de Quadribol, em tradução livre), era possível ser apanhador, artilheiro, batedor e goleiro, escolher defender uma das quatro casas de Hogwarts e até mesmo seleções como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Japão e outras.

Ainda que tenha tido uma proposta boa e divertida, o jogo era muito caótico e acabava sendo difícil de jogar para muitas pessoas. Com as limitações técnicas da época, era fácil ficar frustrado por se perder no meio de tantos brilhos e “gols”. No entanto, a ambientação dos estádios e dos atletas bruxos dava um clima muito legal na jogatina, que se consagrou na memória afetiva de quem jogou no PC, GameCube, PS1, Xbox e até no Game Boy Advanced.

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Mais adaptações

De Prisioneiro de Azkaban (2004) até Relíquias da Morte Parte 2 (2011), o PC, PS1, PS2, PlayStation 3, PSP, Nintendo DS, Wii, Xbox e o Xbox 360 (os jogos variavam entre os consoles de mesa e os portáteis) continuaram ganhando títulos que adaptavam o que os fãs viam na telona, com umas adições aqui e ali.

Todos esses jogos foram produzidos pela Electronic Arts em parceria com a Warner Bros., e basicamente só melhoraram os gráficos, se aprofundaram um pouco mais na história com campanhas mais longas e tiveram mais opções de atividades, minigames e missões secundárias pelos mapas.

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Um dos aspectos mais interessantes e inovadores, na época, foi a utilização da tecnologia de captura de movimento nos últimos jogos, possibilitadas pelo PS Move, Kinect e Wii Remote. O recurso oferecia mais imersão pois exigia gestos específicos para realizar os feitiços e fabricar poções. Era algo que fazia o jogador se "sentir na pele de Harry e dos outros bruxos", mesmo que com alguns tropeços.

Mais LEGO

Os Creator eram divertidos, mas em 2010 o game LEGO Harry Potter: Years 1-4 trouxe a mistura perfeita dos dois universos. Como um clássico game dos bloquinhos de montar, o jogo inclui a história dos quatro primeiros filmes/livros, mas com mecânicas de montar cenários, resolver enigmas, fazer feitiços, lutar contra inimigos e ainda encontrar diversos segredos espalhados pelo mapa.

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No ano seguinte, em 2011, com a conclusão da saga, chegou o compilado Years 5-7. O jogo era praticamente igual ao antecessor, mas adaptando os anos mais obscuros de Harry em Hogwarts. A temática não foi ofuscada pelo visual mais infantil, que ainda teve momentos tensos representados pelos brinquedos.

Atualmente, os dois jogos compõem o LEGO Harry Potter: The Collection, que está disponível para PC, PlayStation 4, Nintendo Switch e Xbox One.

Obliviate

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Nem todos os jogos foram acertos e poderiam até ser esquecidos na história. Um dos mais criticados é o Harry Potter Kinect. Mesmo com a excelente ideia de encarnar o protagonista em primeira pessoa e repetir grandes momentos dos filmes, o sensor do Xbox não era tão preciso, o que acabou rendendo momentos frustrantes e de caos absoluto.

Na parte das adaptações, os jogos The Deathly Hallows Part 1 e Part 2 também foram tão sofríveis quanto o grito de mandrágora (aquela que berra quando é tirada do vaso). Para representar os momentos de maior ação de todos os filmes, enfrentando Voldemort e os Comensais, a EA apostou em fazer (praticamente) um jogo de tiro em terceira pessoa, mas que não ficou lá essas coisas.

A ambientação era muito próxima do que víamos nas telonas, mas ainda assim o combate e as missões eram extremamente repetitivos e perdiam a essência do mundo mágico.

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Falando em esquecimento, houve até um projeto de MMORPG (RPG de Multiplayer Massivo Online), também encabeçado pela Electronic Arts, que foi desenvolvido no começo dos anos 2000. No entanto, o projeto foi cancelado pois os executivos achavam que o formato não teria uma vida longa.

Outras apostas

Nos anos mais recentes, as desenvolvedoras não investiram em novas adaptações, mas sim em produções dentro do universo, repletas de referências e personagens do universo de HP.

Um dos primeiros foi o RPG mobile Harry Potter: Hogwarts Mystery, lançado em 2018. O jogo permitia criar seu personagem e realizar uma série de atividades e tarefas pelo castelo. O único problema é que ele seguia a tendência de depender de pontos de energia. Ou seja, depois de pouco tempo jogando, você precisava esperar recarregar ou comprar pontos para continuar.

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No geral, o game de Android e iOS é bem divertido e faz você se sentir no mundo mágico, mas a frustração de estar sempre sem energia é algo pode fazer o jogador desistir facilmente.

No ano seguinte, em 2019, a Niantic usou sua experiência de sucesso com Pokémon GO para fazer o Wizards Unite. O game mobile com realidade aumentada permite encontrar criaturas mágicas e ainda enfrentar ameaças.

Porém, o feitiço saiu pela culatra, já que com muitas microtransações e poucas variedades de missões, o jogo rapidamente caiu no esquecimento dos jogadores. Com a baixa popularidade, o game será desativado já no final de janeiro de 2022.

O próximo grande jogo no horizonte é Hogwarts Legacy, previsto para 2022. O game será um RPG em mundo aberto, se passará em 1800, antes dos acontecimentos da saga Harry Potter, e promete muitas missões e aventuras pelo universo mágico

Além de escolher entre as casas da escola de magia e bruxaria, o novo título terá diversas atividades, desde aprender a criar poções em aulas até enfrentar grandes criaturas. Ainda não há uma janela de estreia definida, mas já está confirmado que Hogwarts Legacy será lançado para PC,PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e Series S.