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Para Zuckerberg, Apple Vision Pro não é o futuro da computação que ele quer

Por| Editado por Wallace Moté | 09 de Junho de 2023 às 12h19

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(Imagem: Reprodução/Meta)
(Imagem: Reprodução/Meta)

O anúncio do Vision Pro posiciona a Apple em uma nova categoria de produtos capaz de competir lado a lado com a Meta, mas o CEO Mark Zuckerberg não se sente ameaçado pelo alto desempenho do headset rival. Segundo ele, o Vision Pro não apresenta nenhuma inovação tecnológica que a Meta "já não tenha explorado" e o objetivo de como as pessoas utilizam o produto da Apple não é exatamente o que ele quer.

Durante uma reunião com funcionários da Meta na sede da empresa em Menlo Park, California, Zuckerberg afirma que o anúncio da Apple mostra a diferença nos valores e na visão das empresas para o segmento de realidade mista.

Para o executivo, os headsets da Meta são sobre "pessoas interagindo de novas formas e se sentindo próximas", enquanto que "toda demonstração que eles [Apple] mostraram era uma pessoa sozinha sentada no sofá". E reforça: "essa pode ser a visão do futuro da computação, mas [...] não é o futuro que eu quero."

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Embora Zuckerberg demonstre uma crença enorme em seus produtos de realidade mista, vale lembrar que a Meta reduziu o investimento no metaverso nos últimos anos. Mais recentemente, a empresa anunciou um foco maior em inteligência artificial com a popularidade do ChatGPT da OpenAI. Mas a aposta da Apple no segmento deve fazer Zuckerberg dar mais atenção à tecnologia.

Entre as diferenças de cada marca, notamos que a Apple busca popularizar o termo "computação espacial" e foca em realidade aumentada, não citando a realidade virtual durante sua apresentação ou na página do produto.

Já a Meta tem como base oferecer todo tipo de experiência em realidade virtual, desde comunicação, entretenimento e, principalmente, trabalho em VR, com salas virtuais repletas de avatares estilizados e diversas opções de ambientes.

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Em pesquisa da Counterpoint Research, a Meta fechou o último trimestre de 2022 dominando o segmento de realidade mista (VR e AR) com 81% de participação de mercado. A empresa aposta desde headsets mais populares como o Quest 2 (review), até modelos mais caros como Quest Pro.

A estreia da Apple no segmento acontece apenas no início de 2024, quando o Vision Pro será lançado oficialmente por US$ 3.499, cerca de R$ 17 mil. Esperamos que a chegada da empresa no segmento de headset VR/AR aqueça o segmento e direcione os produtos mais para a realidade aumentada do que para a virtual.

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Leia os comentários de Mark Zuckerberg sobre o Apple Vision Pro:

"Pelo que vi inicialmente, eu diria que a boa notícia é que eles não possuem nenhum tipo de solução mágica para as leis da física que nossos times já não pensaram ou exploraram. Eles foram para uma tela de resolução maior, e entre isso e toda a tecnologia que colocaram para equipar isso, custa sete vezes mais e agora requer tanta energia que você precisa de uma bateria e um fio conectado para usar. Eles fizeram essa compensação de design e isso pode fazer sentido para o objetivo que eles buscam. Mas olha, eu acho que o anúncio deles realmente mostra a diferença nos valores e na visão que nossas empresas trazem para isso [a realidade mista] de uma forma que eu acho ser realmente importante. Inovamos para garantir que nossos produtos sejam os mais acessíveis e baratos para todos, e isso é uma parte essencial do que fazemos. E temos vendido dezenas de milhões de Quests. Mais importante, nossa visão para o metaverso e presença é fundamentalmente social. É sobre pessoas interagindo em novas maneiras e sentindo próximas de novas formas. Nosso dispositivo também é sobre ser ativo e fazer coisas. Em contraste, cada demonstração que eles mostraram era uma pessoa sozinha sentada no sofá. Digo, essa pode ser a visão para o futuro da computação, mas tipo, não é o futuro que eu quero. Existe uma verdadeira diferença de filosofia em termos de como estamos abordando isso. E vendo o que eles colocaram e como eles vão competir só me deixa ainda mais animado e em várias formas otimista que o que estamos fazendo importa e que vai fazer sucesso. Mas vai ser uma jornada divertida." — Mark Zuckerberg, CEO da Meta.

Fonte: The Verge