Vídeo mostra "tornado" 14 vezes maior que a Terra se formando no Sol
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
O observatório Solar Dynamics, da NASA, registrou um grande “tornado” de filamentos de plasma que apareceu no polo norte do Sol. A formação cresceu por três dias e, no sábado (18), alcançou a altura máxima de 120 mil km,, tamanho equivalente a 14 vezes o da Terra; depois, o tornado colapsou sobre si próprio em uma nuvem de gás magnetizado.
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Apollo Lasky, que produziu uma animação com as imagens do observatório, ficou impressionado pelo fenômeno. “Nunca vi nada do tipo em meus anos de observação do Sol”, disse. “Ele estava se torcendo e crescendo sem parar por três dias’, finalizou.
O fenômeno foi registrado ainda pelo astrofotógrafo Andrew McCarthy. “Há um ‘tornado’ na superfície do Sol agora, vou passar o resto do dia observando-o para ver o que acontece”, disse ele, em um tuíte publicado no sábado (17).
Ele acrescentou uma foto com parte do tornado:
Na Terra, os tornados são tipos de ciclone e dependem do vento; já no Sol, eles são controlados pelo magnetismo. Os campos magnéticos solarem se torcem em grandes espirais e arrastam nuvens de plasma que, ocasionalmente, formam estes tornados.
Este tornado acabou colapsando sobre si próprio, tornando-se uma nuvem de gás magnetizado. O processo fez com que material da atmosfera do Sol fosse liberado para o espaço próximo, mas como a ejeção aconteceu no polo norte da nossa estrela, as partículas não vão atingir a Terra.
O novo fenômeno se junta a dias agitados no Sol, que vem ficando cada vez mais ativo enquanto segue ao máximo solar. Segundo o Met Office, serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, nosso astro vem mostrando atividade moderada e seis manchas solares, formadas por áreas mais frias e campos magnéticos densos.
A maior delas está na parte sudeste do disco solar, e pode produzir erupções solares e erupções de plasma nos próximos dias. Se ocorrerem, estes fenômenos podem afetar o clima espacial ao redor da Terra por meio de tempestades geomagnéticas.
Fonte: SpaceWeather; Via: Space.com