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Veja novas imagens do cometa NEOWISE em alta resolução, capturadas pelo Hubble

Por| 24 de Agosto de 2020 às 16h49

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NASA/ESA/STScI/Q. Zhang//Levay
NASA/ESA/STScI/Q. Zhang//Levay

Depois de proporcionar imagens incríveis durante sua passagem pelas proximidades do planeta Terra, o cometa C/2020 F3 NEOWISE se afastou, rumo aos confins do Sistema Solar, onde permanecerá durante alguns milhares de anos. Mas, antes de ficar inacessível aos nossos telescópios, o cometa foi fotografado pelo Hubble, que conseguiu obter uma boa visão do objeto.

As novas imagens foram tiradas em 8 de agosto e, embora não sejam tão espetaculares quando as fotografias do NEOWISE feitas aqui na Terra, mostram um detalhe importante: o coma, que é a camada fina que envolve o núcleo do cometa, e a saída da poeira que forma a cauda. Aliás, essa é a primeira vez que um cometa com esse nível de brilho pode ser fotografado pelo Hubble em alta resolução após sua passagem pelo Sol.

Essas imagens nítidas do coma sugerem que o NEOWISE está intacto, ao contrário do cometa C/2019 Y4 Atlas, que acabou se partindo ao se aproximar do Sol, em abril deste ano. Na verdade, é relativamente comum que o núcleo dos cometas se divida ao chegar perto da estrela devido a tensões térmicas e gravitacionais. Não parece ter sido esse o destino do NEOWISE.

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Uma parte da vasta nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo, que mede cerca de 18.000 km de diâmetro, está bem visível nesta imagem, e não há nenhum indício de que haja uma divisão no coração do cometa. Embora seja difícil ter certeza de que o núcleo esteja intacto - já que ele mede cerca de 4,8 km, muito pequeno para ser visto diretamente pelo Hubble -, é possível deduzir que sim, pois o coma está se comportando como deveria.

Também é possível observar uma dupla de jatos do núcleo disparando em direções opostas. Eles emergem do núcleo do cometa como cones de poeira e gás e, em seguida, se curvam em estruturas mais amplas, semelhantes a leques. As duas caudas também estavam bem visíveis nas fotografias tiradas da Terra. Aqui, o Hubble ajuda a revelar a cor da poeira do cometa sem a interferência da atmosfera terrestre e como essa cor muda à medida que o cometa se afasta do Sol.

Essa mudança de cor pode explicar como o calor solar afeta o conteúdo e a estrutura dessa poeira e o coma do cometa. Com isso, os pesquisadores podem determinar as propriedades originais da poeira. Agora os pesquisadores estão estudando os dados obtidos pelo Hubble para ver se descobrem algo novo sobre o NEOWISE e sobre os cometas de longo período, que podem fornecer informações sobre as origens do Sistema Solar.

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Fonte: NASA, ESA/Hubble