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Cometa NEOWISE se aproxima da Terra e dá espetáculo no céu noturno; veja fotos

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Sebastian Voltmer
Sebastian Voltmer

Depois da decepção com os cometas Atlas e SWAN, que não ficaram visíveis a olho nu como se esperava, astrônomos e entusiastas da astronomia finalmente tiveram a oportunidade de observar o espetáculo raro que é um cometa aparecer no céu noturno.

No final de março, o cometa C/2020 F3 (NEOWISE) foi descoberto com um brilho ainda fraco, discreto, impossível de ser observado sem a ajuda de instrumentos. No entanto, seu brilho aumentou gradualmente até que, no último fim de semana, enquanto se aproximava de seu ponto orbital mais próximo do Sol, tornou-se visível para os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional  (ISS) - que não perderam a chance de tirar algumas fotos incríveis.

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O NEOWISE fez sua maior aproximação do Sol na sexta-feira (3), chegando a uma distância de 0,29 unidades astronômicas (ou seja, 43,4 milhões de km), um pouco mais próximo da nossa estrela do que Mercúrio. Ali, ele não poderia ser visível a olho nu, mas astrônomos já podiam observá-lo com binóculos. Desde então, no entanto, ele aumentou seu brilho para uma magnitude de 1,5 - isso faz dele mais brilhante que a estrela Polaris, a mais brilhante da constelação da Ursa Menor.

Assim, muitas pessoas aproveitaram para captar algumas imagens impressionantes do cometa passando pelo céu noturno. Uma delas foi o astrofotógrafo Chris Schur. Ele conta que conseguiu ver o cometa facilmente a olho nu, com uma “linda cor amarela”.

Agora, o NEOWISE está na constelação de Auriga, e permanecerá visível nos próximos dias antes do amanhecer. A má notícia é o cometa só aparece no Hemisfério Norte, então nós, brasileiros, teremos que nos contentar com as fotografias e vídeos compartilhados pela internet. Para nossa felicidade, há uma boa quantidade de imagens já publicadas nas redes sociais.

O espetáculo terá um intervalo por volta de 11 de julho, quando o cometa se aproximar do horizonte. Então, ressurgirá no céu noturno por volta de 15 ou 16 de julho, de acordo com estimativas do EarthSky.org. E o melhor é que seu brilho deve aumentar ainda mais, ficando mais fácil de ver e fotografar o cometa com câmeras comuns. Dentro de alguns dias, ele passará pela constelação da Ursa Maior.

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Isso tudo deve acontecer caso o cometa não se despedace em sua jornada próximo ao Sol, como aconteceu com o Atlas. Tudo dependerá de seu núcleo gelado - se for frágil, pode acabar se dividindo em duas ou mais partes. Mas seguimos na torcida para que isso não aconteça!

Fonte: Astronomy.com