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Veja a explosão da estrela Eta Carinae em três dimensões nesta nova visualização

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Janeiro de 2022 às 15h03

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NASA, ESA, STScI, NASA-JPL, Caltech, CXC, ESO
NASA, ESA, STScI, NASA-JPL, Caltech, CXC, ESO

Uma nova visualização tridimensional mostra as nuvens de gás e poeira cercando o sistema estelar Eta Carinae, cuja explosão o tornou o objeto mais brilhante no céu há cerca de 170 anos. Os modelos em 3D foram apresentados em um vídeo das emissões cercando a estrela, produzido a partir dos dados dos telescópios Hubble, Chandra e Spitzer, da NASA, que observaram Eta Carinae em diversos comprimentos de onda.

Eta Carinae é considerada uma das estrelas mais massivas da nossa galáxia. O novo vídeo a mostra durante a “Grande Erupção”, uma erupção de matéria observada durante a década de 1840 que liberou tanta luz visível que ela pôde ser vista a olho nu durante alguns meses, tornando-se uma das estrelas mais brilhantes no céu noturno. Quase 180 anos depois, ainda é possível observar os lobos da explosão se expandindo para o espaço, proporcionando uma imensa riqueza de dados.

Confira a animação abaixo, com os modelos tridimensionais:

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Frank Summers, cientista de visualização no Space Telescope Science Institute (STScI), ficou impressionado com os resultados da animação. “A equipe fez um trabalho incrível ao representar as camadas volumétricas, de modo que o público poderá imediata e intuitivamente compreender a estrutura complexa ao redor de Eta Car”, explicou. “Não apenas contamos a história da Grande Erupção, mas também mostramos a nebulosa resultante em 3D”.

A história de Eta Carinae foi contada através da modelagem em 3D somada a dados dos telescópios Hubble, Chandra e Spitzer, que a revelaram na luz visível, ultravioleta e em raios X. A estrela sobreviveu à explosão, mas perdeu brilho. O principal motivo desta redução é a Nebulosa Homunculus, uma pequena nebulosa de gás e poeira expelida durante a explosão que acabou bloqueando a luz da estrela.

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Felizmente, o telescópio Spitzer ajudou na visualização através da poeira que “esconde” a luz visível dela. “As imagens em infravermelho do Spitzer nos permitem espiar através da poeira, que escurece nossa visão da luz visível, para revelar os detalhes intrínsecos e a extensão da Nebulosa Carina ao redor desta estrela brilhante”, explicou Robert Hurt, cientista líder de visualizações na Caltech/IPAC.

Além da riqueza de detalhes, a visualização tridimensional permite um aprendizado que se estende para além da sequência em vídeo. “Podemos levar modelos, como este de Eta Carinae, e usá-los em impressões 3D ou programas de realidade aumentada”, sugeriu Kim Arcand, cientista líder de visualizações no Chandra X-ray Center. “Isso significa que mais pessoas podem colocar as mãos nos dados — literal e virtualmente —, e isso serve para um melhor aprendizado e engajamento”.

Fonte: Hubble; Via: Space.com