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Transmissão ao vivo acompanha foguete da SpaceX que vai se chocar com a Lua

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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O estágio de um foguete Falcon 9, da SpaceX, está a caminho de se chocar com a Lua — e você poderá ver o foguete em sua trajetória espacial através do projeto Virtual Telescope. Os membros do projeto realizarão duas transmissões gratuitas de sessões de observação do foguete nesta segunda (7) e terça-feira (8). Ambas começam às 15h, no horário de Brasília, mas vale lembrar que a programação poderá variar de acordo com as condições climáticas.

As sessões de observação serão realizadas quase sete anos exatos após o lançamento do foguete, ocorrido em 2015. Segundo um comunicado do Virtual Telescope, o estágio do Falcon 9 estará mais brilhante e mais próximo da Terra no dia 8, viajando em alta velocidade em relação às estrelas ao fundo.

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A colisão deverá ocorrer durante a manhã do dia 4 de março. Como o esperado é que o foguete atinja o lado afastado da Lua, o evento não poderá ser visto da Terra. “Cerca de um mês antes, ele estará visível da Terra pela última vez, e vamos mostrá-lo ao vivo para o mundo”, afirmou Gianluca Masi, astrônomo do Virtual Telescope.

A missão do foguete Falcon 9 que vai se chocar com a Lua

Em 2015, a SpaceX lançou o satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR) com um foguete Falcon 9. O veículo o levou com destino ao Ponto de Lagrange 1, uma região de estabilidade gravitacional a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Só que, naquela missão, o estágio estava a uma altitude tão alta que não tinha combustível suficiente para retornar à atmosfera terrestre.

Como também não tinha energia suficiente para escapar da gravidade do sistema da Lua e Terra, o foguete vem viajando em uma órbita caótica desde 2015, que parece que o levará ao nosso satélite natural: cálculos de rastreadores de satélites mostraram que o foguete deverá atingir o lado afastado da Lua no dia 4 de março, por volta das 09h25 (horário de Brasília).

A colisão não poderá ser observada da Terra, mas a expectativa é que algumas das sondas que estudam a Lua possam vê-la posteriormente. Por exemplo, a sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, tem resolução suficiente para identificar a cratera deixada após a colisão. Outra opção seria a sonda Chandrayaan-2, da Índia, que deverá sobrevoar o local do impacto depois do impacto e talvez possa estudar a cratera ou possíveis materiais ejetados.

Abaixo, você confere a transmissão do Virtual Telescope, cuja data e horário podem mudar dependendo das condições climáticas:

Fonte: Virtual Telescope; Via: Space.com