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China pode acoplar telescópio à sua próxima estação espacial em 2024

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Reprodução/CNSA
Reprodução/CNSA

A China segue avançando na criação de sua própria estação espacial, que será a terceira do país. Assim, enquanto o lançamento do módulo Tianhe, o principal, pode acontecer ainda neste mês, o país também se prepara para desenvolver o Telescópio da Estação Espacial Chinesa (CSST), que deverá se juntar ao laboratório orbital nos próximos anos. A expectativa é que o instrumento seja lançado em 2024.

A estação em questão é a Tiangong-3 (que significa "Palácio Celestial"), que poderá comportar três tripulantes normalmente para operações rotineiras e até seis durante a rotação da tripulação. O módulo principal da espaçonave será o Tianhe, que irá comportar o centro de gerenciamento, controle e alguns experimentos científicos. É esperado que este componente seja lançado ainda em abril com um foguete Long March 5B.

Já o CSST — ou “Xuntian”, termo que significa “estudo dos céus” — será um observatório espacial óptico que poderá ser usado para observações dos cientistas chineses. O telescópio terá lentes de 2 m de diâmetro, o que o torna comparável ao telescópio espacial Hubble, mas com a diferença de que terá um campo de visão 300 vezes maior do que o observatório da NASA, que já passa dos 30 anos de atividades e vem apresentando sinais de fadiga.

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Quando estiver em operação, o novo telescópio espacial chinês vai observar comprimentos de onda próximos do ultravioleta e da luz visível e, entre seus objetivos científicos, está a investigação das propriedades da matéria escura e energia escura, além dos processos de formação e evolução das galáxias. Junto disso, o CSST também deverá fazer contribuições para a detecção e estudo de objetos transnetunianos e de asteroides próximos da Terra.

O CSST deverá ficar na órbita da Terra junto da estação e será capaz de observar até 40% do céu em 10 anos, com uma câmera com 2,5 bilhões de pixels de resolução. Zhou Jianping, diretor de design do programa espacial tripulado da China, explica que a ideia é configurá-lo para voar de forma independente na órbita, de modo que o telescópio será mais eficiente que sondas espaciais: “vamos colocá-lo para voar em uma órbita comum com a futura estação, o que vai nos ajudar a abastecer o telescópio e realizar atualizações nele em órbita, para mantê-lo sempre no nível de uma fronteira internacional”, explicou.

A maior facilidade nas manutenções será uma vantagem importante para o CSST, já que o Hubble precisou de diversas missões de reparo, atualização e substituição de seus componentes, sendo que as últimas delas foram realizadas em 2011. Além do projeto deste instrumento, a China segue se preparando para 11 lançamentos planejados para este ano e o próximo — entre eles, há quatro missões tripuladas, que vão dar início à etapa de construção da estação.

Fonte: Space.com