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Sonda OSIRIS-REx, da NASA, coleta amostras do asteroide Bennu com sucesso

Por| 20 de Outubro de 2020 às 19h24

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NASA/Goddard/University of Arizona
NASA/Goddard/University of Arizona
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No início da noite desta terça-feira (20), a sonda OSIRIS-REx, da NASA, encostou na superfície do asteroide Bennu, realizando a coleta de amostras que serão trazidas à Terra em 2023, quando começarão a ser estudadas com afinco. Esta foi a primeira vez em que a agência espacial dos Estados Unidos realizou uma missão do tipo, em que coleta amostras de um asteroide — algo que já aconteceu com sucesso pelas mãos da agência espacial japonesa (JAXA), com a missão Hayabusa-2 no asteroide Ryugu.

O processo envolveu o disparo dos propulsores a bordo da nave para que ela saísse da órbita do objeto espacial, partindo de uma altitude de 770 metros para, então, se aproximar da superfície. Esse processo levou algumas horas para acontecer, com ligeiros ajustes de velocidade acontecendo para garantir que tudo ocorresse dentro do planejado.

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O toque na superfície, em si, durou poucos segundos, quando a sonda disparou um jato de nitrogênio pressurizado, este que levantou uma quantidade de poeira e detritos o suficiente para a coleta de pelo menos 60 gramas de amostras — ao menos essa é a expectativa da NASA, ainda que a nave consiga acomodar até dois quilos em seu compartimento especial para isso. Na sequência, a sonda iniciou o processo de subida à órbita de Bennu, com as amostras no compartimento de coleta.

Os próximos passos envolvem a confirmação da quantidade de amostras obtidas, seguida pelo retorno da espaçonave à Terra, numa viagem de 330 milhões de quilômetros.

Todo o processo foi exibido ao vivo pela NASA em transmissão pela internet, com a agência espacial explicando o que estava acontecendo e usando animações que simulavam todos os passos da OSIRIS-REx a cada instante.

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Esta pode ser maior amostra já trazida do espaço desde a época das missões lunares Apollo, que se encerraram no início dos anos 1970. Bennu é um pequeno asteroide do tipo C, ou seja, rico em carbono, e a ideia da NASA é colher amostras com compostos orgânicos; afinal, o asteroide data da formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos e, portanto, estudá-lo dessa maneira deverá nos fornecer muito mais conhecimento sobre nosso sistema e, consequentemente, sobre a formação do nosso planeta — e, quem sabe, sobre o surgimento da vida por aqui.

Além disso, este objeto, cujo diâmetro é de aproximadamente 493 metros, é considerado potencialmente perigoso à Terra, com 1 chance em 2.700 de impactar nosso planeta no futuro — pesquisadores recentemente estimaram uma série de oito impactos em potencial, que podem acontecer entre os anos de 2169 e 2199. Ou seja: estudá-lo dessa maneira é importante para vários propósitos.

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Na quarta-feira (21), a NASA exibirá uma conferência oficial a partir das 18h (horário de Brasília), mostrando imagens e mais informações sobre o sucesso que foi o processo de "pouso" e coleta de amostras da OSIRIS-REx em Bennu. Acompanhe o Canaltech para mais informações sobre este momento histórico para a exploração espacial!

*Com informações de NASA