Sonda Lucy vai visitar um pequeno asteroide em novembro deste ano
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
A missão Lucy acaba de receber mais um asteroide em sua lista de "alvos". A NASA anunciou que a sonda vai se aproximar de (152830) 1999 VD57, uma pequena rocha localizada no Cinturão de Asteroides, para testar seus sistemas de navegação e de monitoramento.
- Exploração espacial | As missões que você precisa acompanhar em 2023
- Saiba tudo sobre Lucy, a missão da NASA que estudará asteroides troianos
O asteroide 1999 VD57 não foi identificado antes por ser extremamente pequeno: ele tem apenas 700 metros de diâmetro e será o menor objeto do Cinturão a ser visitado por uma sonda espacial.
Originalmente, a Lucy não iria se aproximar de nenhum asteroide até 2025, mas o sobrevoo pelo 1999 VD57 foi proposto após a equipe da missão perceber que, ao incorporar uma pequena manobra à trajetória, a sinda poderia se aproximar ainda mais deste asteroide. Então, decidiram adicionar a “paradinha” como um teste do sistema de monitoramento térmico da sonda, que permite monitorar o asteroide automaticamente durante o encontro.
Esta era uma das maiores dificuldades das missões de sobrevoo, já que, enquanto uma nave se aproxima do objeto desejado, é difícil determinar a distância exata da rocha e a direção para apontar as câmeras dela. “Este novo sistema vai permitir que a equipe tire muito mais fotos do alvo”, disse Hal Levison, investigador principal da missão.
Felizmente, o 1999 VD57 pareceu ser o candidato ideal para a validação do procedimento. “Ele realmente se destacou: a trajetória da Lucy, conforme desenhada originalmente, vai levá-la a cerca de 640 mil km do asteroide, a pelo menos três vezes mais perto que o asteroide seguinte mais próximo”, observou Raphael Marschall, colaborador da missão que identificou a rocha.
O ângulo de aproximação da nave ao asteroide em relação ao Sol é bastante semelhante ao planejado para os encontros com os asteroides troianos, aquelas rochas espaciais que orbitam o Sol acompanhando Júpiter e que são o alvo principal da missão Lucy. Assim, a equipe da missão poderá aproveitar a oportunidade para “ensaiar” o procedimento em condições parecidas bem antes de a Lucy chegar aos seus alvos científicos, dentro de alguns anos.
Fonte: NASA