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Sinais tecnológicos de alienígenas deveriam ser mais comuns que os biológicos

Por| Editado por Rafael Rigues | 26 de Abril de 2022 às 20h30

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PhotoVision/Pixabay
PhotoVision/Pixabay

As tecno assinaturas, sinais mensuráveis que indicam tecnologia passada ou presente desenvolvida por civilizações em outros mundos, podem durar mais tempo que os seres vivos que a criaram. A ideia foi proposta em um novo estudo liderado por Dr. Jason Wright, da Penn State University, que sugere que as buscas por tecno e bioassinaturas sejam complementares entre si.

Considerada uma das equações mais famosas da astronomia, a equação de Drake é, basicamente, uma referência para discutirmos o quanto a vida pode estar presente em nossa galáxia. A equação foi criada em 1961 por Frank Drake, que a formulou pensando na busca por sinais de rádio.

Contudo, a formulação da equação implica que é mais provável detectar a presença de "bioassinaturas" do que assinaturas tecnológicas. Por exemplo, metano na atmosfera seria um sinal de vida, mesmo que os organismos no planeta não tenham desenvolvido uma civilização tecnológica.

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Quando Drake formulou a equação, não era possível procurar bioassinaturas; hoje, os cientistas têm novos recursos para essas buscas, de modo que a equação poderia ser aprimorada para refletir as capacidades atuais.

Uma forma de fazer isso é dividindo-a em duas: uma, que mostre a busca pelas bioassinaturas (substâncias que evidenciem vida), e outra para as tecno assinaturas. Como a tecnologia pode durar mais tempo que a vida que a criou e pode até ir além de seu planeta de origem, estes fatores afetam o tempo na equação que descreve o período em que os sinais podem ser detectados. É aqui que entra o novo estudo.

Os autores apontam quatro fatores que sugerem que, talvez, a tecnologia tenha vida muito mais longa que a biologia. Primeiro, a tecnologia pode não apenas durar mais que a vida que a criou, como pode também destruir sua biosfera de origem — neste cenário, as tecno assinaturas ainda seriam detectáveis mesmo após a morte dos organismos que as criaram.

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Por outro lado, caso os tais seres não tenham sido aniquilados pela tecnologia que desenvolveram, eles provavelmente iriam se expandir para outros planetas e levariam suas criações com eles; aqui, temos o segundo fator: podem haver mais "tecno esferas" do que biosferas. Estas tecnologias poderiam ser auto replicantes, capazes de deixar suas biosferas de origem.

Com isso em mente, chegamos ao quarto fator: as tecno assinaturas podem até existir na forma de naves ou satélites, sem a necessidade de planetas. Assim, Wright e seus colegas acreditam que as tecno assinaturas deveriam ter, no mínimo, o potencial de serem muito mais claras que as bioassinaturas.

Por fim, vale destacar algumas limitações deste cenário — começando pela própria equação de Drake, diretamente relacionada a planetas e não à tecnologia. Outro fator é o quão fácil seria identificar tecno assinaturas em relação às bioassinaturas, já que, por enquanto, não conseguiríamos nem mesmo detectar a bioassinatura da Terra à distância de Alpha Centauri, de quase 4 anos-luz.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters; Via: Universe Today