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Grupo quer transmitir dados científicos e amostras de música a extraterrestres

Por  • Editado por  Rafael Rigues  | 

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MasterTux/Pixabay
MasterTux/Pixabay

Uma mensagem composta por dados científicos e amostras de música será enviada à estrela TRAPPIST-1, orbitada por pelo menos sete planetas. A mensagem representa uma tentativa da Messaging Extraterrestrial Intelligence (METI), uma organização sem fins lucrativos que busca entrar em contato com alienígenas, de iniciar uma conversa com seres extraterrestres, caso existam.

Douglas Vakoch, do METI, explica que eles estão testando uma versão da chamada “hipótese do zoológico'', uma ideia com raízes na década de 1970 que oferece uma explicação para a falta de contatos de seres alienígenas: eles podem até saber da nossa existência, mas não entraram em contato conosco através de comunicação ou visitas porque não querem.

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Assim como os pesquisadores observam animais sem perturbá-los, os alienígenas teriam decidido manter distância para garantir que seguiremos nosso desenvolvimento evolucionário, sem interferir. “Eles podem estar lá e já sabem que também estamos, mas para conseguir acesso ao ‘clube galáctico’ precisamos enviar uma solicitação e, talvez, até pagar taxas”, disse Vakoch. “Essa é a nossa tentativa de pagá-las e ver se seremos recebidos no clube”.

Segundo ele, a transmissão será realizada através de pulsos breves, enviados em quatro diferentes fases da mesma frequência. No início do processo, haverá uma série de emissões para identificar a mensagem como algo artificial; depois, eles pretendem realizar contagens simples, transmitir detalhes da tabela periódica e enviar representações de átomos.

Já as amostras musicais vão incluir Ode 1. Ode to the Herald of God. A Beauty of the Earth, do compositor soviético Eduard Artemyev, junto da música Journey Through the Asteroid Belt, da banda The Comet is Coming, faixas de DJs e músicos que se apresentaram no festival Stihia, no Uzbequistão, entre outros. A porção musical da mensagem deverá ser enviada somente após as outras transmissões.

Vakoch explica que o objetivo deles é ter informação redundante, várias formas de representá-la e ter a humildade para reconhecer que o que pode parecer óbvio para nós, talvez não seja para extraterrestres. “Então, vamos enviar-lhes as informações em vários formatos, na esperança de que algum deles faça sentido”, disse.

Caso alguma forma de vida exista no sistema TRAPPIST-1 e decida responder ao contato, deve levar 80 anos para a resposta chegar. “Se conseguirmos uma resposta das primeiras meia dúzia ou dúzia de estrelas em que focamos, isso significará que o universo está, surpreendentemente, cheio de vida inteligente”.

Fonte: Via: News Scientist