Rússia suspende parceria com experimentos científicos na ISS
Por Wyllian Torres • Editado por Patricia Gnipper | •
A agência espacial russa Roscomos decidiu suspender os experimentos científicos desenvolvidos em parceria com a Alemanha a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Esta é mais uma das respostas da Rússia às sanções impostas ao país após invasão da Ucrânia.
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Pelo Twitter, a Roscosmos informou que o programa espacial russo será ajustado contra o pano de fundo das sanções impostas ao país. Portanto, a propriedade será a criação de satélites que atuem em sistemas de defesa.
Além disso, a agência russa disse que não realizará mais os experimentos em conjunto com a Alemanha a bordo da ISS. “A Roscosmos os conduzirá de forma independente”, acrescentou à publicação.
Esta é mais nova medida da Rússia após sanções de várias nações ocidentais estabelecidas ao país. Até agora, a Roscosmos suspendeu o fornecimento de seus motores de foguetes aos EUA e a assistência aos que já foram entregues. Tais restrições isolaram os bancos russos de várias redes financeiras, derrubaram a moeda russa e levaram dezenas de empresas a suspender suas respectivas operação na Rússia.
Escalada de tensões com a Rússia
O presidente norte-americana Joe Biden afirmou que as sanções dos EUA “degradariam a indústria aeroespacial” da Rússia, bem como o seu programa espacial. Após a fala de Biden, a Roscosmos respondeu em tom ameaçador.
Também em sua rede social, o diretor da Roscosmos, Dmitry Rogozin, pontuou que, por conta da órbita da ISS, após qualquer eventual problema que desorbitasse a unidade, os EUA ou a Europa estariam em rota de colisão.
A Roscosmos disse ainda que não realizaria novos lançamentos de satélites da OneWeb, caso a empresa não garantisse que suas unidades não fossem usadas para fins militares. A OneWeb decidiu por suspender todos os lançamentos.
A crise também atrasará o lançamento da missão ExoMars, até então desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA) com a Roscosmos. No momento, a ISS abriga tripulantes russos, alemães e norte-americanos. Segundo a NASA, as operações continuarão normalmente.
Fonte: Via ScienceAlert