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Rússia e China convidam outros países para construção de base fixa na Lua

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Não é novidade que a China e a Rússia planejam construir uma estação de pesquisa na Lua juntos. A notícia foi divulgada em 9 de março deste ano, quando ambas as agências — CNSA e Roscosmos, respectivamente — confirmaram a assinatura do trabalho de cooperação para a elaboração da futura estação International Scientific Lunar Station (ILRS). Agora, a China revela mais detalhes sobre o projeto.

As agências espaciais de ambos os países convidou, informalmente, países e organizações internacionais para se juntarem ao projeto ILRS, dizendo que a participação estará aberta para todos os estágios e níveis da missão — incluindo o planejamento, design, pesquisa, desenvolvimento, implementação e operações futuras. Segundo o vice-diretor da agência chinesa, a CNSA, ambas instituições promoverão uma ampla cooperação para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no espaço.

A notícia foi divulgada em um evento paralelo da 58ª sessão do Subcomitê Científico e Técnico do Comitê das Nações Unidas para os Usos Pacíficos do Espaço Exterior (COPUOS), realizado no último dia 23 de abril. Entre as novidades, a Rússia considera se retirar da Estação Espacial Internacional (ISS) após 2024 — o país já recusou o convite da NASA para o projeto da estação Gateway, que ficará na órbita da Lua.

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A primeira fase do projeto ILRS depende das missões futuras que serão lançadas à superfície lunar — como as Luna 25, 26 e 27, da Rússia, e as Chang'e-6 e Chang'e-7, da China — até 2025. A partir dos dados obtidos, o melhor local para a construção de uma base lunar será definido — provavelmente pelas regiões do polo sul lunar, pois o gelo de água presente nas crateras é um recurso essencial. A segunda fase acontece em seguida, entre 2026 e 2030, com a Chang'e-8 e Luna 28 chegando já ao local escolhido para o início da construção.

A terceira fase marcará o início de várias outras missões, que devem ocorrer entre 2030 e 2035. O projeto ILRS terá como foco os recursos hídricos e minerais da Lua, para utilização de recursos in-situ. Para isso, é necessário o desenvolvimento de estruturas para produção de energia sem fio e energia nuclear e para testes dos efeitos da baixa gravidade na biologia.

Entre outras áreas de interesse científico a serem desenvolvidas na futura base, destacam-se a geologia e química lunar, o ambiente no espaço lunar e a astronomia baseada na Lua, além da biomedicina.

Fonte: Space News