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Rover Curiosity sobe a encosta mais difícil de sua missão em Marte

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Agosto de 2023 às 15h38

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NASA
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O rover Curiosity enfrentou novos desafios enquanto explora Marte. Em sua jornada pelo Monte Sharp, o robô estudou Jau, um local repleto de crateras de impacto. Não foi fácil chegar ali: além do relevo, Jau é tão inclinado que exigiu do rover a escalada mais difícil já feita em sua missão.

Monte Sharp é uma montanha com 5 km de altitude, formada por camadas que revelam diferentes eras do antigo clima do Planeta Vermelho. Esta formação conta com Jau, encosta que marcou uma das etapas mais desafiadoras da missão do Curiosity.

Apesar de o robô já ter atravessado terrenos mais íngremes e arriscados, esta formação uniu diferentes desafios geológicos. É que, além de sua inclinação de 23º, o local é formado por areia escorregadia e rochas de tamanho comparável às rodas do rover.

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Este trio de características fez com que o Curiosity se deslocasse com dificuldade por lá durante os meses de maio e junho, frustrando a equipe da missão na Terra. Eles sabiam que a tarefa não seria simples, e, para não colocar o rover em risco, enviaram comandos para que ele parasse de se mover caso encontrasse surpresas.

Com os comandos, o rover deveria fazer paradas (chamadas de falhas) no caso de suas rodas deslizarem demais, ou se fossem erguidas excessivamente por causa de alguma rocha grande. Se a precaução pareceu exagerada, saiba que o Curiosity encontrou todos estes cenários durante sua jornada a Jau.

“Estávamos, basicamente, brincando de bingo das falhas”, brincou Dane Schoelen, responsável pelo planejamento de rotas estratégicas para o Curiosity. “A cada dia, descobrimos que falhamos por um motivo ou por outro”, acrescentou.

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Ao invés de continuar os esforços na rota original, Schoelen e seus colegas decidiram seguir por um caminho alternativo. Eles levaram o Curiosity para um local a 150 m, escolhido porque, ali, a inclinação parecia se nivelar — pelo menos, foi o que os dados da sonda Mars Reconnaissance Orbiter sugeriram.

Se o terreno não tivesse novas surpresas geológicas, o novo percurso iria somar mais algumas semanas na jornada a Jau. Caso o relevo fosse diferente do esperado, os cientistas teriam que encontrar mais uma rota para o Curiosity continuar subindo pelo Monte Sharp.

Felizmente, tudo deu certo e o rover subiu a encosta, dando aos cientistas a oportunidade de estudar o aglomerado de crateras ali. Estas estruturas são comuns em Marte, e podem se formar quando meteoros se rompem na atmosfera do planeta, ou quando impactos de meteoroides liberam fragmentos de tamanho significativo.

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Fonte: NASA