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O que é um eclipse solar híbrido?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Abril de 2023 às 18h03

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NASA/Bill Ingalls
NASA/Bill Ingalls

Os eclipses solares híbridos são um tipo muito especial e raro de evento envolvendo o Sol, a Lua e a Terra (além de servir como mais uma prova de que a Terra é redonda). Apenas 4,8% dos eclipses solares ocorridos entre 2000 a.C a 3000 d.C foram ou serão eventos híbridos.

Saiba o que é um eclipse híbrido

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Os eclipses híbridos poderiam ser descritos como “diferentes tipos de eclipses em um único dia” — o mesmo evento terá um eclipse solar anular, seguido por um eclipse solar total e, por fim, novamente uma fase anular.

Para entender, vamos revisar os três tipos comuns de eclipse solar:

  • Eclipse parcial: a Lua bloqueia parte do Sol porque apenas sua a penumbra é projetada sobre determinada área da Terra.
  • Eclipse total: a totalidade do disco solar é bloqueada, pois a Lua está próxima da Terra o suficiente para seu tamanho aparente ser um pouquinho maior que o do Sol; é no eclipse total que podemos ver a espetacular coroa.
  • Eclipse anular: a Lua bloqueia o centro do Sol, mas deixa um círculo de luz visível, formando um "anel de fogo".

Normalmente, apenas um dos três tipos ocorre em cada evento de eclipse, não importa a região. Porém, no eclipse híbrido, acontecem no mesmo dia tanto o anular quanto o total, fazendo deste o tipo de eclipse mais interessante do mundo. Além disso, é o mais raro, com apenas algumas ocorrências a cada século.

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Acontece que tudo isso depende de onde você estiver — mesmo que esteja em uma das regiões onde a sombra da Lua será projetada na Terra, nenhum local terá todas as mudanças do eclipse híbrido.

O tipo de eclipse que você observará no evento híbrido também depende do horário em que ele acontecer na sua região. Se ocorrer durante o nascer do sol, observará o "anel de fogo", ou seja, um eclipse anular. Caso sua região “ganhe” o eclipse ao meio-dia, você verá um eclipse total.

Como ocorre o eclipse solar híbrido?

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Para entender como um eclipse híbrido acontece, temos que ter em mente qual é o papel de cada tipo de sombra que a Lua projeta ao bloquear a luz solar.

  • Umbra da Lua: a parte central e escura da sombra causa eclipses solares totais, onde a Lua aparece um pouco maior que o Sol e o cobre completamente.
  • Penumbra: a parte externa da sombra, mais clara, que cria eclipses solares parciais porque bloqueia apenas uma parte do disco do Sol.
  • A antumbra: uma meia-sombra que começa onde termina a umbra, causando eclipses solares anulares; a Lua parecerá um pouco menor que o Sol.

O tipo de sombra projetada na Terra dependerá de um fator fundamental: a distância entre a Terra e a Lua. Quanto mais próximos estivermos do satélite natural, maiores são as chances da umbra nos atingir e, portanto, de observarmos um eclipse total.

Caso a Lua esteja mais afastada da Terra no momento do eclipse, a umbra — que tem formato de cone — terminará antes de atingir a superfície terrestre em determinada região. Isso resultará em outro tipo de sombra, a antumbra, que é uma “umbra ao avesso”. Quando atingidos pela penumbra e antumbra, temos um eclipse anular.

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Já no eclipse parcial, a penumbra atinge a Terra, mas a Lua não está alinhada com o Sol o suficiente para a umbra ser projetada em nossa superfície. Assim, apenas uma parte do disco solar é coberta.

Então, como ocorre o eclipse híbrido? Novamente, a distância da Lua é essencial para acontecer esse tipo de evento: à medida que a penumbra começa a cobrir alguma região da Terra, essa distância diminui, até que a Lua esteja perfeitamente alinhada entre o Sol e a parte mais “elevada” da curvatura de nosso planeta

A Terra é redonda

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Se a Terra fosse plana, não existiriam eclipses solares híbridos. Como observamos no gráfico abaixo, o trajeto da Lua projeta a penumbra na borda de nosso planeta à medida que ela se move de leste a oeste.

Em cada uma das bordas, a umbra não alcança a Terra, mas está alinhada com ela, então a antumbra se projeta nessas regiões, resultando em um eclipse anular. Essa é a primeira etapa do eclipse híbrido, e também a última.

Repare, no entanto, o momento em que a Lua se posiciona perfeitamente entre o Sol e a Terra: a curvatura do planeta diminui a distância entre nós e nosso satélite natural. É por isso que, nesse momento do evento, temos um eclipse total.