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Número de manchas solares supera as previsões e intriga os cientistas

Por| Editado por Rafael Rigues | 08 de Abril de 2022 às 15h02

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ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI team/: E. Kraaikamp (ROB)
ESA & NASA/Solar Orbiter/EUI team/: E. Kraaikamp (ROB)

O atual ciclo solar está apresentando atividade maior que o previsto pela NASA, NOAA, e o International Space Environmental Service. Isso significa que as tempestades solares nos próximos anos podem atingir níveis acima da média, principalmente durante o período de máximo solar, que deve começar em 2025.

Através das observações de manchas solares, os cientistas podem prever as tempestades solares com cerca de dois a quatro dias de antecedência (dependendo da velocidade das partículas ejetadas). Entretanto, desde setembro de 2020 a contagem de manchas solares têm sido mais alta do que os níveis previstos.

Ao longo de um ciclo de 11 anos, a atividade solar tem um pico e uma queda, conhecidos como máximo solar e mínimo solar. Sabemos disso graças às décadas (ou séculos) de observações das manchas solares. Essas manchas são regiões com fortes campos magnéticos, de onde saem muitas das erupções solares e ejeções de massa coronal.

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Durante o máximo solar, a média de manchas é de 179, mas tivemos um pico de apenas 114 durante o ciclo anterior. A previsão para o ciclo atual era de que ele seria igualmente calmo, com um pico de 115 manchas solares. Mas atualmente o Sol tem 61 pontos de atividade e ainda estamos a mais de três anos do início do máximo solar. O número de pontos é calculado somando o número de manchas individuais mais 10 vezes o número de grupos de manchas.

Ciclos solares desiguais

Em 2014, uma equipe de cientistas analisou as contagens de manchas solares ao longo de grandes períodos, e sugeriu que o período de 11 anos é apenas uma média dos ciclos — alguns são um pouco mais longos, seguidos por um ciclo mais curto. Atualmente, estamos no ciclo de número 25, e sabemos que o anterior foi fraco e curto, durando pouco menos de 10 anos. Por outro lado, o ciclo solar 23 foi longo.

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Se os estudos de 2014 estiverem corretos, isso significa que o atual ciclo deveria ser mais longo. Mas isso não é tudo: os autores daquela pesquisa também previram que, se este for o caso, o ciclo solar 25 provavelmente será mais forte que o usual, talvez entre os mais fortes já registrados. Com o número atual de manchas solares mais alto do que deveria, essa previsão pode estar correta.

Acompanhar o ciclo atual tem sido fascinante para astrônomos e cientistas cidadãos: ele pode representar novas descobertas sobre nossa estrela-mãe. É verdade que os cientistas devem se preparar para o que vem aí em 2025, já que o período de máximo solar pode trazer algumas tempestades geomagnéticas capazes de interromper satélites de comunicação em órbita e geradores de energia em solo. Mas também deve proporcionar períodos incríveis de auroras boreais.

Provavelmente, só saberemos realmente o que está acontecendo no ciclo 25 após o máximo solar, e muitos estudos devem ser publicados para ampliar ainda mais o conhecimento sobre o Sol. Isso ajudará cientistas de todo o mundo a propor novas soluções para mitigar os possíveis estragos em nossa tecnologia, causados pelas tempestades solares.

Fonte: SpaceWeatherLive; via: ScienceAlert