Tempestade solar emitida por "cânion de fogo" chega à Terra nesta semana
Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper | •

Dois filamentos de plasma foram liberados de um desfiladeiro gigante que se abriu na superfície do Sol. O primeiro deles explodiu no domingo (3), enquanto o segundo veio no dia seguinte. Ambos podem resultar em mais auroras para os habitantes próximos ao polo Norte do planeta.
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Apelidado de “cânion de fogo”, a abertura no Sol tem cerca de 20 mil km de profundidade e pelo menos 200 mil km de comprimento. As erupções em formato de filamentos ocorreram na parte centro-sul do Sol, ou seja, na face solar voltada para a Terra.
Sondas que observam o Sol na parte ultravioleta extrema do espectro eletromagnético e telescópios terrestres de observação em infravermelhos detectaram as erupções, acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs, da sigla em inglês).
As CMEs são formadas por partículas carregadas da atmosfera superior do Sol (a coroa solar). Quando viajam em nossa direção, podem causar tempestades geomagnéticas ao atingir a magnetosfera terrestre. Como nosso campo magnético é mais fraco no polo norte, parte dessas partículas é conduzida até lá e interagem com nossa atmosfera.
Tempestade geomagnética chega à Terra
Na manhã desta quarta-feira (6), chegou à Terra o vento solar relacionado à explosão de domingo, desencadeando uma tempestade geomagnética leve nível G1 ou G2 em uma escala de cinco pontos. Há previsões que a tempestade continue na quinta-feira (7). Os cientistas ainda não sabem se a CME produzida na segunda-feira atingirá o planeta.
Os meteorologistas do clima espacial ainda informam nesta quarta-feira que a atividade solar no momento foi baixa nas últimas 24 horas, com apenas algumas erupções de classe comum. A mais forte delas ocorreu em um grupo de manchas solares que já se afastou do lado voltado para a Terra do Sol. Por fim, atualmente há seis manchas pequenas e simples no disco solar visível.
Fonte: SpaceWeather, MetOffice; via: Space.com