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NASA flagra "lança-chamas" de antimatéria na "Nebulosa do Violão"

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA/CXC/Stanford Univ./M. de Vries et al.
NASA/CXC/Stanford Univ./M. de Vries et al.

A NASA revelou uma nova foto de uma nebulosa peculiar. Popularmente conhecida como Nebulosa do Violão, a nuvem cósmica em questão aparece nas novas imagens como se estivesse disparando chamas pelo espaço — mas, na verdade, o “fogo” é formado por partículas de antimatéria criadas pela energia. 

Segundo informações da agência espacial, as novas imagens são compostas por dados obtidos pelo Observatório de Palomar, na Califórnia, e pelo telescópio espacial Chandra. Eles observaram a nebulosa na luz visível e raios X, respectivamente. 

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Na animação abaixo, você confere como o jato mudou ao longo do tempo:  

Os dados dos raios X aparecem em vermelho, e os da luz visível, em azul. A sequência foi produzida a partir de observações realizadas pelo Chandra em 2000, 2006, 2012 e 2021, que foram sobrepostas a uma única imagem da nebulosa. 

É por isso que ela parece manter seu formato semelhante ao do instrumento. No entanto, é importante lembrar que esta nuvem cósmica também sofreu mudanças ao longo do tempo, assim como o jato. E, para entender melhor esta estrutura, vale retomar brevemente a formação da nebulosa.  

Encontrada a 6.500 anos-luz da Terra, esta nebulosa nasceu do colapso do pulsar B2224+65a. Trata-se de uma estrela de nêutrons que gira rapidamente, vinda do colapso de uma estrela massiva sobre sua própria estrutura. Já os jatos são o resultado da combinação do giro rápido da estrela com campos magnéticos milhares de vezes mais fortes que o do nosso planeta.

Juntos, estes “ingredientes” criam a receita perfeita para acelerar partículas e dispará-las na direção dos polos dos campos magnéticos do objeto, gerando feixes de radiação — inclusive na forma de raios X. Alguns destes jatos são tão energéticos que parte da radiação é transformada em matéria. 

Quando isso ocorre, a energia é convertida em pares de elétrons e de pósitrons, que são a “versão” dos elétrons na antimatéria, com carga positiva. Finalmente, o par de partículas é disparado pelo espaço, atravessando os enormes campos magnéticos que preenchem o meio interestelar. Se colidirem entre si, vão acabar destruídos, transformando-se em energia outra vez.

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Fonte: NASA