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Sorria, Marte! NASA mostra como "cratera feliz" mudou em quase 10 anos

Por| 22 de Janeiro de 2021 às 23h00

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Reprodução/NASA/JPL/University of Arizona
Reprodução/NASA/JPL/University of Arizona
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A ação de ventos, água e gelo é um processo capaz de esculpir formações impressionantes e imponentes em Marte, como ocorreu com os "Alpes Marcianos" de Nereidum Montes. Mas, pode acontecer também de as mudanças na superfície do Planeta Vermelho tomarem formas mais “engraçadinhas”, como aquelas que vemos em novas imagens da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que vem registrando uma "cratera feliz" na superfície marciana e nos mostra como ela mudou em quase uma década — mas sem perder o "sorriso", claro.

O primeiro registro da cratera que lembra um rosto sorridente foi obtido em 2011, enquanto o mais recente é de dezembro de 2020, e ambos foram feitos aproximadamente na mesma estação. Na imagem, conseguimos ver mudanças mais acentuadas nas cores, que são causadas pelas diferentes quantidades de gelo brilhante em contraste à cor do solo, que é mais escura e avermelhada.

Confira as duas imagens:

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As formações que compõem o “rosto” são grandes blocos de gelo, que ficam com este formato porque o calor da luz solar faz com que o dióxido de carbono sofra sublimação, o seja, vá direto para o estado gasoso sem passar pelo líquido. Depois de nove anos de ação dessa erosão térmica, é possível perceber que a “boca” ficou um pouco maior, enquanto o “nariz”, que, na verdade, são duas depressões circulares, parece mais acentuado porque ambas aumentaram e se fundiram.

A equipe responsável pela câmera HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) a bordo da sonda (câmera esta que é a mais poderosa já enviada para outro planeta) vem documentando o “rosto” feliz há cerca de uma década. Por isso, é possível colocar uma foto ao lado da outra para compará-las e vermos o que mudou. Ross Beyer, co-investigador da missão, conta que “monitorar essas áreas durante longos períodos nos ajuda a entender tendências climáticas de longo prazo no planeta”.

Lançada em 2005, a MRO chegou ao nosso vizinho ano seguinte e, então, vem monitorando a atmosfera do planeta e seu terreno há cerca de 15 anos. A sonda também atua como uma estação de dados para outras missões estudando o planeta, como no caso de rovers na superfície. Além da poderosa câmera HiRISE, a MRO ainda é equipada com mais cinco instrumentos, que já proporcionaram diversas descobertas sobre o planeta, incluindo dados sobre os fluxos de água que um dia correram por lá.

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Fonte: HiRISE