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NASA descobre o que rachou escudo térmico da nave Orion, mas não diz motivo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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A NASA continua investigando o que fez a proteção térmica da nave Órion se rachar durante a reentrada pela atmosfera da Terra em dezembro de 2022. O motivo exato do desgaste já foi descoberto, mas a agência espacial ainda não o revelou publicamente. 

O sistema de proteção térmica do módulo da tripulação na Órion precisa resistir a temperaturas extremamente altas para manter a segurança dos astronautas ali. Ao analisar a cápsula após o retorno, a NASA identificou mais de 100 lugares onde a proteção térmica foi liberada durante a reentrada. Segundo os oficiais da agência espacial, as rachaduras não eram perigosas para a espaçonave, mas eles queriam entender o que aconteceu antes da missão Artemis 2.

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Amit Kshatriya, administradora associada adjunta do Programa Moon to Mars, declarou na terça (29) que a análise da erosão do escudo foi concluída, mas não deu detalhes. Já Lori Glaze, administradora associada adjunta interina na NASA, revelou na segunda (28) que as análises mostraram o que causou a perda adicional do material. 

“Temos uma determinação conclusiva de qual é a causa principal do problema”, disse ela. “Conseguimos demonstrá-la e reproduzi-la nas instalações de jato de arco no [Centro de Pesquisa] Ames”, disse ela durante o encontro do Grupo de Análises de Exploração Lunar, sem identificar a causa. “Não vou compartilhar agora. Quando for publicado, vai ser publicado tudo junto”, acrescentou. 

Missão Artemis 2

Já Lakiesha Hawkins, administradora adjunta assistente do gabinete Moon to Mars, confirmou que a raiz do problema foi identificada. “Estamos conversando para garantir que temos uma boa compreensão do que está acontecendo não apenas com o escudo térmico, mas também nos próximos passos de como isso se aplica à Artemis 2”, acrescentou. 

Enquanto as análises continuam, a NASA segue se preparando para a Artemis 2, que vai levar quatro astronautas para orbitar a Lua. O lançamento está previsto para acontecer em algum momento a partir de setembro de 2025, e até lá, o Gabinete de Inspeção Geral da NASA recomendou que a agência espacial garanta que a causa da erosão no escudo térmico esteja bem compreendida. 

Em um relatório, o Gabinete declarou que “voos espaciais tripulados, por sua própria natureza, são inerentemente arriscados, e a campanha Artemis não é exceção. Pedimos que a liderança da NASA continue a equilibrar a realização dos objetivos e do cronograma de sua missão com a priorização da segurança de seus astronautas e que dedique o tempo necessário para evitar qualquer risco indevido”. 

Fonte: SpaceNews