Mundo descoberto por cientista cidadão pode ser um exoplaneta ou uma anã marrom
Por Wyllian Torres | Editado por Patricia Gnipper | 10 de Dezembro de 2021 às 11h12
![NASA/Backyard Worlds/Léopold Gramaize](https://t.ctcdn.com.br/cGsbwk_nA6361uhctxXXG-nYtOg=/640x360/smart/i540346.jpeg)
Um cientista cidadão descobriu um objetivo espacial que pode ser um exoplaneta parecido com Júpiter ou uma anã marrom pequena. Em 2018, o voluntário Jörg Schümann, do projeto Backyard Worlds: Planet 9, detectou este intrigante corpo que ainda precisa de análises mais aprofundadas para confirmar sua verdadeira natureza.
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Jörg Schümann encontrou o objeto ao participar do Backyard Worlds: Planet 9, um projeto de ciência cidadã desenvolvida entre a NASA e o Museu Americano de História Natural (AMNH, na sigla em inglês) dos EUA. Estudos anteriores não conseguiram observar o corpo celeste, pois ele se encontrava muito próximo de sua estrela hospedeira.
Os cidadãos do projeto analisam um conjunto de cinco anos de imagens digitais obtidas pela missão Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) da NASA. Ao perceberam algum movimento aparente de possíveis mundos dentro e fora do Sistema Solar, eles sinalizam para que cientistas profissionais avaliem melhor.
Características do objeto
Com uma idade estimada entre 50 a 150 milhões de anos, o objeto é considerado novo. Além disso, sua massa calculada entre 10 a 20 vezes a de Júpiter, é justamente a faixa considerada para distinguir um gigante gasoso de uma anão marrom — maior do que planetas, mas pequeno e frio para ser considerado uma estrela.
A principal autora do estudo, Jackie Faherty, cientista sênior do AMNH, disse que “não temos uma definição muito boa da palavra 'planeta'” e que, portanto, preferem o termo “mundo”. Outra dificuldade para determinar a natureza do corpo é que os pesquisadores ainda não encontraram nenhuma pista sobre sua formação.
Enquanto planetas se formam a partir do disco protoplanetário, uma nuvem de gás e poeira que orbita uma estrela recém-nascida, anãs marrons seguem a mesma lógica das estrelas: a partir do colapso de grande nuvens de gás. No entanto, nenhuma destas características foi observada.
Segundo Faherty, há indícios de que talvez o objeto seja mais parecido com um exoplaneta, mas nada conclusivo. “No entanto, é um caso atípico”, ressaltou. Com base em sua massa, o corpo também está localizado a uma distância muito maior de sua estrela do que o esperado — mais de1.600 vezes a distância entre Terra e Sol.
Fonte: The Astrophysical Journal; Via AMNH