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Módulo russo da ISS continua com vazamento de ar mesmo após conserto

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Março de 2021 às 22h20

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Reprodução/NASA
Reprodução/NASA

Há meses, um pequeno — e persistente — vazamento de ar vem ocorrendo na Estação Espacial Internacional (ISS). Depois de várias análises, os astronautas descobriram que o problema vinha de rachaduras no módulo russo Zvezda, que foram seladas recentemente pelos cosmonautas a bordo do laboratório orbital. Contudo, informações trocadas entre a tripulação e o controle em solo apontam que, mesmo com a tentativa de conserto, o vazamento continua acontecendo.

Além da rachadura encontrada inicialmente, em janeiro foi levantada a possibilidade de uma outra, que estaria causando um novo vazamento de ar. Assim, durante a última semana, os cosmonautas Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov trabalharam em atividades de reparação e recuperação para tentar eliminar essa nova fonte. Para isso, eles abriram perfurações nas pontas das duas rachaduras identificadas para evitar que aumentem, e depois aplicaram algumas camadas de material selante para deixá-las fechadas.

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Após os procedimentos, a dupla de cosmonautas fechou as escotilhas do módulo para verificar como ficaria o nível de pressão com o conserto. Entretanto, durante a madrugada do último sábado (13), Ryzhikov disse a um especialista do Centro de Controle da missão que a pressão na câmara intermediária do módulo era de 678 mmHg, um pouco abaixo da medida observada no dia anterior, que era de 730 mmHg logo após o fechamento da escotilha do módulo. Portanto, a pressão caiu em cerca de 50 mm durante pouco mais de 11 horas.

O problema com o vazamento de ar teve início em 2019, que foi quando a NASA identificou um pequeno aumento na taxa de vazamento de ar padrão. Na época havia outras operações em andamento, que acabaram dificultando a coleta de dados sobre o vazamento. Depois de alguns meses de busca, os astronautas identificaram que o problema vinha da área principal do módulo russo Zvezda. Esse módulo foi lançado em 2000, e faz parte do segmento russo da estação. É nele que ficam os dormitórios dos cosmonautas e sistemas de suporte à vida, com alguns componentes de reserva guardados na parte dos Estados Unidos.

Algumas tentativas temporárias de conserto já foram feitas, como o uso de fita resistente ao calor. Em janeiro, Dmitry Rogozin, diretor da agência espacial russa Roscosmos, propôs que um micrometeorito pode ter atingido a área e criado o arranhão responsável pelo vazamento — uma possibilidade que não é exatamente nova, uma vez que os especialistas russos já haviam considerado este cenário, mas não confirmaram a informação.

Vale lembrar que, embora os oficiais de ambas as agências espaciais já tenham esclarecido que estes vazamentos não são perigosos para a tripulação a bordo da estação, eles são sinais do desgaste causado pela fadiga dos materiais e componentes dela, que já chegam aos 20 anos de uso.

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Fonte: SpaceDaily, Space.com, TASS (1, 2)