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Missão DART | Telescópio Hubble registrou impacto no asteroide Dimorphos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Março de 2023 às 16h50

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NASA, ESA, STScI, J. Li (PSI)
NASA, ESA, STScI, J. Li (PSI)

O telescópio Hubble foi um dos observatórios que registrou a colisão da sonda DART (Double Asteroid Redirection Test), da NASA, contra o asteroide Dimorphos. Feitas antes e após a após o impacto, as fotos foram unidas em um vídeo em timelapse que revela uma trilha formada por poeira e fragmentos de Dimorphos, lançados ao espaço após o impacto da nave a 21 mil km/h.

A missão DART foi lançada para testar a capacidade de alterar a trajetória do asteroide Dimorphos conforme ele orbita Didymos, o maior objeto deste sistema binário. Nenhuma das rochas espaciais oferece riscos para a Terra, e os dados da missão vão ajudar cientistas a criar estratégias para alterar a trajetória de asteroides perigosos para nosso planeta, caso seja necessário.

O impacto aconteceu em setembro do ano passado, e resultou na ejeção de mais de 900 mil quilos de poeira do asteroide. O vídeo formado pelas imagens capturadas pelo Hubble ajudará na compreensão de como este material foi disperso em um padrão complexo, observado nos dias seguintes ao evento.

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Confira:

A animação acima é breve, e traz diferentes etapas da colisão. O começo do vídeo revela imagens capturadas 1,3 hora antes do impacto, e os asteroides Didymos e Dimorphos aparecem como um único ponto brilhante. Duas horas após a colisão, vemos as primeiras fotos tiradas após o impacto.

Elas mostram detritos se afastando de Dimorphos a velocidades altas o suficiente para escapar da gravidade dele, sem retornar para a estrutura do asteroide. Depois, os filamentos ejetados formam uma espécie de cone oco. Cerca de 17 horas após a colisão, o padrão de detritos entrou em uma nova etapa: devido às interações com o sistema de asteroides, o cone acabou distorcido.

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Em seguida, as imagens seguintes do telescópio mostram que, graças à pressão da luz solar, eles se agrupam em uma cauda parecida com a dos cometas. Esta cauda se estende por uma espécie de “trilha”, na qual as partículas mais leves viajam mais rapidamente e se distanciam do asteroide. Durante alguns dias, a cauda se dividiu em duas partes.

A sequência de fotos abaixo mostra as três etapas deste processo:

A foto superior foi tirada duas horas após o impacto, e mostra o cone formado por 900 mil quilogramas de poeira. Já a foto central revela as interações entre o sistema de asteroides e o cone de detritos, que começa a ser distorcido. Por fim, a imagem da parte inferior revela os detritos se organizando em uma espécie de cauda.

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A NASA confirmou que a missão alterou com sucesso a órbita de Dimorphos, mas não pense que o trabalho acaba por aí. Em 2024, a Agência Espacial Europeia planeja lançar a missão Hera a Dimorphos para investigar os resultados do impacto de pertinho, transformando o experimento do impacto em uma técnica de defesa planetária bem compreendida e que possa ser reproduzida.

Fonte: ESA/Hubble