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James Webb poderá estudar o próximo visitante interestelar do Sistema Solar

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Fevereiro de 2022 às 17h30

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ESA, NASA, S. Beckwith, Northrop Grumman
ESA, NASA, S. Beckwith, Northrop Grumman

Quando novos objetos interestelares forem identificados no Sistema Solar, o telescópio James Webb poderá ajudar os cientistas a analisá-los com mais detalhes do que nunca, revelando detalhes da composição, formação e até mesmo o sistema de onde vieram. Até hoje, o 1I/'Oumuamua e 2I/Borisov foram os únicos visitantes interestelares identificados em nossa vizinhança.

O Oumuamua foi identificado em 2017 e, no ano seguinte, foi a vez do cometa interestelar Borisov. Os dois visitantes ofereceram aos cientistas a oportunidade de conhecer um pouco de outros sistemas planetários, mas o problema é que as passagens destes objetos são imprevisíveis. Por isso, os astrônomos precisam conseguir o máximo de observações possíveis durante o breve período em que estão próximos o suficiente para serem estudados.

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É aqui que entrará o telescópio James Webb, que poderá ajudar a ampliar esta curta janela. “Com o Webb, podemos produzir ciência interessante com [objetos que tenham] muito menos brilho”, explicou Cristina Thomas, astrônoma da Northern Arizona University. Além disso, a sensibilidade e os recursos do Webb oferecem também uma ótima oportunidade para os astrônomos examinarem a composição de objetos interestelares e dos sistemas de origem deles.

Martin Cordiner é o principal investigador do programa Target of Opportunity, uma iniciativa voltada para estudos da composição de objetos interestelares, e tem grandes expectativas para estudos futuros com o telescópio. “A habilidade de estudar um deles e descobrir a composição — realmente poder observar o material de algum outro sistema planetário de perto — é algo absolutamente incrível”, disse ele.

Possíveis estudos de objetos interestelares com o James Webb

Para tentar encontrar o próximo objeto interestelar, os astrônomos estão constantemente monitorando várias fontes de informação, que vão desde dados obtidos por astrônomos amadores até observatórios profissionais.

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Quando um candidato for encontrado, os cientistas vão precisar de um período de observações para confirmá-lo; caso o objeto tenha realmente vindo de fora do Sistema Solar e sua trajetória levá-lo para o campo de visão do Webb, Cordiner e seus colegas esperam observá-lo com o telescópio.

O James Webb é um telescópio criado para conduzir, principalmente, observações na luz infravermelha — tanto que é por isso que ele precisou viajar para mais de 1 milhão de quilômetros de distância da Terra — e os cientistas acreditam que os recursos do observatório serão de grande ajuda para estudos de objetos do tipo. “Nunca conseguimos observar objetos interestelares nesta parte do [comprimento de onda] infravermelho”, disse Thomas.

Segundo ela, isso oferece um leque de possibilidades para diferentes assinaturas de composição, que são de interesse dos astrônomos. Para isso, ela e seus colegas planejam conduzir observações da luz infravermelha para, assim, estudar possíveis gases e partículas de poeira emitidas por eventuais objetos interestelares, como uma forma de descobrir mais sobre o sistema de onde o objeto veio.

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Fonte: NASA