Incêndio em observatório dos EUA segue ativo; quatro estruturas sofreram danos
Por Wyllian Torres • Editado por Rafael Rigues | •

O incêndio que alcançou o Observatório Nacional de Kitt Peak (KPNO), no Arizona, no final da semana passada, atingiu pelo menos quatro instalações. Apesar de controlado, o fogo permanece ativo na região e a equipe local ainda não pôde avaliar se algum instrumento astronômico foi danificado.
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O chamado "incêndio de Contreras" atingiu o observatório na madrugada do dia 17 de junho. As avaliações iniciais indicam que as cúpulas dos telescópios permanecem de pé, mas a área segue em “combate ativo de incêndios”, segundo nota do NOIRLab, centro de pesquisa que administra o KPNO.
Desde que o fogo começou em 11 de junho, as autoridades locais trabalham na contenção do incêndio com o auxílio de aviões e helicópteros sobre o observatório e comunidades vizinhas. Por enquanto, apenas as equipes de combate ao incêndio podem acessar o KPNO.
Pelo menos quatro estruturas sem finalidade científica, como dormitórios e salas de apoio, foram perdidas com a chegada do fogo na sexta-feira passada. "As avaliações de danos aos equipamentos só começarão quando as condições permitirem a entrada segura na área", acrescentou o NOIRLab.
Nesta segunda-feira (20), o incêndio havia devastado uma área de quase 8.240 hectares, crescendo em 8% em comparação ao dia anterior. Deste total, cerca de 40% foi contido. Os funcionários do NOIRLab disseram que a avaliação dos danos provavelmente levará semanas, bem como o restabelecimento da rede de energia no local.
Incêndios como este estão se tornando cada vez mais frequentes à medida que o aquecimento global, impulsionado pela atividade humana, avança. O KPNO não é o primeiro observatório a ser ameaçado por esta realidade nos últimos anos e, infelizmente, pode não ser o último.
Em setembro do ano passado, um incêndio florestal na Califórnia chegou a apenas alguns quilômetros de distância do radiotelescópio Allen Telescope Array (ATA), do Instituto SETI. Outro incêndio chegou bem perto do Observatório Mount Wilson, também na Califórnia, em setembro de 2020.