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Foguete Falcon 9 lança mais satélites Starlink e alcança recorde de 9 missões

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Março de 2021 às 14h30

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Reprodução/SpaceX/Twitter
Reprodução/SpaceX/Twitter
Tudo sobre SpaceX

Neste domingo (14), a SpaceX levou mais 60 satélites Starlink para a órbita, que irão compor uma megaconstelação capaz de fornecer internet de alta velocidade para o mundo todo. Esta missão, que foi a terceira feita em um intervalo de 10 dias, marcou um novo recorde para o propulsor do foguete Falcon 9, que completou sua nona viagem de ida e volta ao espaço, seguida de um pouso bem-sucedido.

Alimentado por nove motores Merlin principais, o foguete decolou durante a manhã no Kennedy Space Center. Assim como aconteceu nas outras missões feitas neste mês, o lançamento ocorreu com um propulsor reutilizado, com cobertura reciclada protegendo a carga útil e uma pilha de 60 satélites Starlink. Pouco mais de dois minutos após lançamento, os motores foram desativados. Em seguida, o estágio se separou para realizar uma descida controlada até a embarcação “Of Course I Still Love You”, no Oceano Atlântico.

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Enquanto isso, o estágio superior do veículo seguiu viagem para levar os satélites até a órbita, que foram inseridos com sucesso, sendo que o conjunto foi liberado de uma só vez à altitude de 283 km, pouco mais de uma hora após o lançamento. Com essa missão, o propulsor B1051 quebrou um novo recorde no programa de foguetes reutilizáveis da SpaceX, sendo o primeiro da frota da empresa a alcançar a marca de nove viagens de ida e volta ao espaço — outro propulsor soma oito missões em seu histórico.

Este booster veterano é o mesmo que foi usado em missões importantes. Entre elas, a missão inaugural Demo-1, na qual a cápsula Crew Dragon foi levada para a Estação Espacial Internacional sem uma tripulação, apenas para provar que poderia realizar essa viagem espacial em segurança. Posteriormente, o booster foi usado para o lançamento de satélites canadenses de observação, entre outras missões lançadas na Flórida. Assim, a SpaceX não mostra apenas que consegue voar os propulsores de seus foguetes várias vezes, mas que também tem a agilidade necessária para deixá-los prontos rapidamente para a próxima missão, algo essencial para a redução de custos de lançamentos espaciais.

Com este lançamento, a SpaceX já soma mais de 1.300 satélites em órbita, sendo que alguns deles eram protótipos e já se queimaram ao reentrar na atmosfera terrestre. É esperado que, inicialmente, a constelação Starlink conte com 1.584 unidades — mas a SpaceX possui aprovação da Federal Communications Commission, a agência reguladora de telecomunicações nos Estados Unidos, para lançar cerca de 12 mil unidades em diversas altitudes e inclinações, sendo que a quantidade final deve passar dos 30 mil componentes. Por ficarem em altitudes mais baixas, eles conseguem fornecer internet de baixa latência e alta velocidade aos usuários.

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Hoje, os clientes participantes da fase beta do serviço de internet, que moram em regiões de latitudes mais altas e receberam convites, já conseguem usar a conexão. Com outros lançamentos que serão feitos ao longo do ano, é esperado que a área de cobertura seja expandida para outras regiões além do Reino Unido e Estados Unidos — tanto que a SpaceX já aceita pedidos antecipados de clientes interessados, que podem pagar uma taxa de U$ 99 para já ficarem na fila para quando o serviço chegar a suas regiões. Depois disso, será preciso desembolsar mais U$ 499 para adquirir o kit com antena e roteador, além de U$ 99 para o uso mensal do serviço.

Fonte: Spaceflightnow