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Exoplaneta maior que Netuno parece ter vapor d'água em sua atmosfera

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Janeiro de 2022 às 11h10

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

O exoplaneta TOI-674 b parece ter vapor d'água em sua atmosfera. Descoberto recentemente, este é um mundo gasoso um pouco maior que Netuno e que orbita uma estrela anã vermelha a cerca de 150 anos-luz de nós. A detecção da ocorrência de água na atmosfera de lá foi feita por uma equipe de cientistas liderada por Jonathan Brande, da University of Kansas.

O planeta foi detectado primeiro pelo telescópio TESS, lançado pela NASA em 2018 para procurar exoplanetas. Depois, seu espectro de luz foi observado pelo Hubble. Já se sabe que ele orbita uma estrela de classe M, cuja massa é equivalente à metade da do Sol — como ela não é muito luminosa, não pode ser observada a olho nu. Por outro lado, a estrela relativamente fria e pouco brilhante facilita as análises com telescópios.

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Este mundo tem dimensões que o tornam um membro da classe dos chamados “super Netuno”, ou seja, é um planeta mais massivo que Netuno. Ele leva apenas 47,5 horas para completar uma volta ao redor de sua estrela, e dados obtidos pelo já aposentado telescópio Spitzer ajudaram na investigação dos componentes de sua atmosfera. Ao que parece, há sinais de água flutuando pelas camadas atmosféricas dele.

Como ainda não se sabe exatamente a quantidade de água presente por lá, o TOI-674 b é um ótimo alvo para investigações mais aprofundadas, que podem revelar mais sobre o que compõe sua atmosfera. Ao entender os gases presentes por lá, os cientistas planetários conseguem entender melhor como e quando o exoplaneta se formou em seu sistema.

Por orbitar sua estrela bem de pertinho, os anos no TOI-674 b mal duram dois dias terrestres — contudo, a existência de exoplanetas com tamanho de Netuno, que levem menos de quatro dias para orbitar suas estrelas, é extremamente rara. Ainda com explicação desconhecida, essa característica é conhecida como “deserto netuniano” e vale para o TOI-674 b.

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Como está pertinho de nós e recebe uma quantidade gentil de radiação de sua estrela, o exoplaneta ainda deverá render novos estudos — principalmente com o telescópio James Webb, preparado para estudar estrelas e planetas distantes. Por isso, estudar este e outros exoplanetas é uma forma de os cientistas entenderem melhor a formação de sistemas planetários em geral, incluindo o nosso.

O artigo com os resultados do estudo foi enviado para publicação na revista The Astrophysical Journal, mas pode ser acessado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: Science Alert, NASA