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Estrutura de manchas pode explicar o calor da coroa solar

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Junho de 2023 às 18h22

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NASA/SDO
NASA/SDO

O segredo por trás da alta temperatura da coroa solar pode ter sido desvendado — em partes. Através de dados observacionais do Telescópio Solar Goode, uma equipe internacional de cientistas descobriu uma intensa onda de energia no interior das manchas solares. Ela é capaz de atravessar a atmosfera do Sol, mantendo a coroa a altíssimas temperaturas.

Enquanto a coroa solar chega a alguns milhões de graus Celsius, a fotosfera (a camada visível do Sol) tem “apenas” 5.600 ºC. A diferença de temperatura intriga os cientistas há décadas e, para descobrir as origens dela, os cientistas investigaram fibrilas de plasma nas manchas solares.

As fibrilas são estruturas que podem chegar a mil quilômetros de altura e são encontradas na umbra, a parte mais escura das manchas. Elas têm campos magnéticos milhares de vezes mais fortes que o da Terra e, para os autores, parecem enviar energia magnética suficiente para explicar o aquecimento da coroa solar.

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O coautor Wenda Cao explica que este estudo foi o primeiro a detectar oscilações lateriais nas fibrilas, causadas por ondas rápidas. “Estas ondas persistentes e onipresentes na transversal, em fibrilas altamente magnetizadas, levam energia suficiente para estruturas magnetizadas alongadas, e contribuem para o aquecimento da atmosfera superior do Sol”, descreveu ele.

Simulações das ondas indicam que a energia transportada pode ser milhares de vezes mais forte que aquela perdida no plasma da atmosfera superior do Sol. Assim, as ondas detectadas nas umbras das manchas solares são como fontes de energia persistentes e eficientes, que podem ser responsáveis por aquecer a coroa sob as manchas.

Estudos anteriores sugeriram que as reconexões magnéticas contribuíam para o calor da coroa solar. Já as fibrilas parecem explicar a origem do calor, mas não em toda a coroa . “Com este estudo, temos respostas novas para este problema, que pode ser essencial para responder muitas perguntas confusas no transporte de energia e dissipação na atmosfera solar, além da natureza do clima espacial”, finalizou Cao.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature; Via: NJIT