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Estas manchas solares gigantes podem explodir a qualquer momento

Por| Editado por Patricia Gnipper | 24 de Maio de 2023 às 16h37

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Daniele Cavalcante
Daniele Cavalcante

Duas manchas solares gigantescas estão chamando a atenção dos astrônomos e astrofotógrafos amadores. Com quatro vezes o tamanho da Terra, a AR3310 é a maior delas e pode ser vista a olho nu — com os equipamentos corretos para proteger os olhos, claro. A outra é a AR3311, mais instável, com grandes chances de sofrer uma explosão solar.

Quem observou a mancha usando apenas um óculos solar foi o astrônomo amador Bum-Suk Yeom, da Coreia do Sul. Mas ele não é o único que está de olho (literalmente) no fenômeno, pois os cientistas também querem acompanhar para saber o que acontecerá a partir da AR3310.

Os cientistas também estão atentos à mancha AR3311, outra mancha gigante que tem um campo magnético instável que mantém sob suas linhas energia suficiente para fortes erupções.

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A mancha solar AR3310

Essa mancha já causou uma explosão solar classificada como M9.6, faltando pouco para chegar ao nível mais forte da escala de força das erupções solares. O evento aconteceu tão logo a mancha, que estava do outro lado do Sol, atingiu a borda do disco solar e se tornou visível para os telescópios e sondas espaciais.

Naquela ocasião, a AR3310 não apontou seu arsenal de radiação e partículas energizadas em direção à Terra. Ainda assim, a radiação nos alcançou e ionizou o topo da nossa atmosfera, causando um blecaute de rádio de ondas curtas na América do Norte.

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A mancha já se deslocou o suficiente para se posicionar de frente para o planeta, por isso os especialistas em clima espacial estão atentos. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica disse que há 20% de chance de que a região possa liberar uma explosão de classe X — a mais poderosa da classificação — enquanto ainda está voltada para a Terra.

Confira algumas fotos da AR3310:

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Apesar das proporções da mancha, não há motivos para nos preocuparmos, pois esse tipo de evento não pode causar mais do que alguns blackouts em transmissões de rádio e, em casos mais extremos, afetar redes elétricas, tubulações e equipamentos em órbita, caso a explosão for apontada diretamente para nós.

Por outro lado, a radiação enviada pelas explosões também formam auroras boreais, que podem aparecer a qualquer momento, caso uma erupção de fato aconteça na mancha AR3310.

A mancha solar AR3311

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Os meteorologistas estimam que há 10% de chance de acontecer uma explosão de classe X também na mancha AR331, nesta quarta-feira (24). Embora seja um pouco menor que a AR3310, seus campos magnéticos são instáveis e podem acabar liberando a energia ali contida. A estimativa de 10% é uma chance bem considerável, mas os cientistas estimaram a probabilidade de 30% no domingo e 20% na segunda-feira.

Atualização

A foto acima foi registrada na quinta-feira (25) com um telescópio de apenas 70mm, um tripé, a câmera de um celular e, claro, um filtro de luz solar especial para instrumentos ópticos. Jamais olhe diretamente para o Sol!

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Na tarde do dia 25, ainda observamos as manchas 3310 (a maior no lado esquedo) e 3311 (a segunda da esquerda para a direita na fileira na parte inferior). A mancha 3315 (lado direito superior), que antes estava praticamente invisível, agora está muito mais intensa com erupções de classe C. O crescimento indica que explosões poderosas podem acontecer a qualquer momento.

Fonte: spaceweather.com, Business Insider