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Eclipses solares de Marte são bem diferentes dos da Terra; veja vídeos!

Por| 29 de Junho de 2020 às 21h30

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NASA/JPL-CALTECH/MSSS/KEVIN M. GILL
NASA/JPL-CALTECH/MSSS/KEVIN M. GILL

O rover Curiosity percorre o terreno marciano desde 2012 e já testemunhou diversos eclipses solares por lá. Sim, Marte também tem eclipses solares — eles podem acontecer em qualquer planeta que tenha alguma lua ao seu redor, na verdade. Afinal, um eclipse solar nada mais é do que o resultado da passagem de um corpo celeste à frente do Sol, seja de maneira parcial, anular ou total. Só que os eclipses solares observados a partir da superfície de Marte são bem diferentes dos que vemos aqui na Terra.

Nós temos sorte, na verdade. Podemos testemunhar eclipses solares quando a Lua está em uma posição e a uma distância específicas e passa à frente do Sol, na visão de quem está aqui na superfície. Quando isso acontece, a Lua cobre o disco solar por alguns minutos, e de tempos em tempos um eclipse solar total protagoniza o espetáculo, com o astro sendo completamente encoberto e transformando dia em noite temporariamente. Mas isso depende de onde o observador está ao redor do planeta, pois somente quem estiver na área chamada "umbra" (onde o alinhamento entre Lua e Sol aparece perfeito e a sombra projetada é total) é que verá o eclipse como sendo total. Quem estiver na região chamada "penumbra", com sombra parcial gerada pela passagem da Lua à frente do Sol, observará um eclipse solar parcial. E quem estiver no restante do globo, não verá aquele eclipse acontecendo. Também acontecem eclipses solares anulares quando a Lua está mais longe da Terra e, então, seu tamanho aparente não é grande o suficiente para cobrir o Sol por inteiro. Nesse tipo de eclipse, o Sol parece ser um anel de fogo no auge do eclipse.

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Já em Marte, não existem eclipses solares totais. O Curiosity (e qualquer pessoa que, em um futuro não muito distante, estiver na superfície marciana) somente testemunha eclipses parciais e anulares. O motivo? É que as duas únicas luas do Planeta Vermelho — Fobos e Deimos — são pequenas demais para cobrirem o disco solar por inteiro quando passam à frente dele.

A passagem das luas Fobos e Deimos à frente do Sol também projeta sombras em Marte, tal qual acontece com a passagem da nossa Lua à frente do Sol. Só que esses "cones" de sombra acabam sendo curtos demais para atingirem a superfície, então eclipses solares marcianos não geram a umbra no planeta, onde o eclipse seria visto de maneira total. Apenas a penumbra é projetada na superfície, então todos os eclipses que acontecem por lá acabam sendo parciais ou anulares, apenas.

E a NASA já mirou a câmera MastCam do Curiosity para o céu em várias ocasiões, flagrando eclipses ao longo desses quase oito anos de operação. Kevin M. Gill, engenheiro de software da agência espacial, compilou alguns desses dados e imagens para criar vídeos mostrando a ocorrência de eclipses em Marte com suas duas luas.

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Abaixo, você descobre como seria observar um eclipse solar marciano com a passagem da lua Fobos à frente do Sol, conforme aconteceu de verdade no dia 4 de abril de 2020.

Neste outro vídeo, você confere como foi o eclipse solar do dia 28 de março de 2020, com a lua Deimos como protagonista da vez:

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Interessante, não?

Fonte: Starts With a Bang