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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (16/01 a 22/01/2021)

Por| 23 de Janeiro de 2021 às 11h00

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Russell Croman/A. S. Borlaff/ESA/ESO/A. Weiss/R. Kraft
Russell Croman/A. S. Borlaff/ESA/ESO/A. Weiss/R. Kraft
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Segure a emoção, pois as imagens desta semana estão simplesmente fabulosas — especialmente para os que amam nebulosas e galáxias, com seus formatos e cores incríveis. A NASA selecionou durante a semana uma sequência de fotos de nebulosas onde estrelas ganham vida; também há um remanescente de supernova, que é algo muito parecido com uma nebulosa, e uma galáxia que se parece bastante com uma nebulosa vista de longe.

Mas ainda temos o céu noturno, representado aqui por uma fotografia magnífica de um halo lunar acontecendo pouco antes da grande conjunção de Júpiter e Saturno. Por fim, você vai ver como é o campo magnético caótico de uma galáxia relativamente próxima da Terra e um panorama da nossa Via Láctea.

Sábado (16/01) — Olha quanta estrela!

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Conhecida também como Nebulosa Cabeça de Macaco, a NGC 2174 está localizada a 6.400 anos-luz de distância, na constelação de Orion. A região está repleta de gás e poeira, e um punhado de estrelas salpicadas aqui e ali iluminam o cenário. Se você visitar o lugar, provavelmente teria uma visão bem diferente, pois a nebulosa foi fotografada pelo Hubble no infravermelho, ou seja, uma cor invisível aos olhos humanos.

Embora essas nuvens sejam ideais para a formação de novas estrelas, boa parte do material acaba sendo ineficiente para a tarefa. Esses gases e poeira não utilizados são dispersados pelos ventos de estrelas muito novas na região, que empurra as nuvens em grande velocidade para o exterior da nebulosa. Mas vai demorar ainda alguns milhões de anos até que a formação seja completamente dispersada.

Domingo (17/01) — Uma galáxia ativa!

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Se você é um iniciante na observação de objetos cósmicos e já possui algum equipamento, a Galáxia Centaurus A é um ótimo alvo para suas lentes. Em condições adequadas, ela pode ser vista a olho nu. Trata-se de uma galáxia lenticular localizada na direção da constelação de Centaurus, a cerca de 14 milhões de anos-luz de distância, é uma das radiogaláxias próximas à Terra. Além disso, seu núcleo galáctico faz com que seja a quinta galáxia mais brilhante do céu no hemisfério sul.

Esse jato provavelmente é causado pela atividade do buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Há diversas camadas nesta composição: a luz azul representa as emissões em raios-X, enquanto a cor laranja é referente à luz em micro-ondas. Esta galáxia é composta principalmente de estrelas vermelhas, mas há também um disco de poeira onde novas estrelas se formaram recentemente — o disco contém pelo menos cerca de 100 regiões de formação estelar.

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Segunda-feira (18/01) — Nebulosa Medula

Há 10 mil anos uma estrela massiva chegou ao fim de seu ciclo de fusão nuclear e explodiu, deixando para trás uma nebulosa que brilha até hoje. A formação recebeu o apelido de Nebulosa Medula, por seu formato semelhante a um cérebro, mas se quisermos ser mais precisos na nomenclatura podemos chamá-la de remanescente de supernova CTB-1.

Localizado em direção à constelação de Cassiopeia, não é um objeto fácil de fotografar. Para esta imagem, por exemplo, foram necessárias 130 de exposição em dois telescópios.
Um estudo recente afirma que uma pulsar foi “chutada” pela explosão da supernova que produziu esta nebulosa, e foi ejetado em direção ao exterior da galáxia, viajando a uma velocidade superior a 1000 km/s. A pulsar estaria acelerando cinco vezes mais rápido que a média e pode acabar “fugindo” da galáxia.

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Terça-feira (19/01) — A coroa lunar e a conjunção

Em uma noite de luar com camadas de nuvens relativamente finas, você pode ter a sorte de contemplar uma coroa lunar, também conhecido como halo lunar. O fenômeno ocorre quando a luz do Sol refletido na Lua passa por minúsculos cristais de gelo suspensos na atmosfera. Isso causa uma refração da luz e as cores do espectro visível (ou seja, as cores do arco-iris) aparecem. Se você der ainda mais sorte e for noite de Lua cheia, o efeito óptico será ainda mais belo, porque é nessas ocasiões que o halo pode ficar até 44 vezes maior que a própria Lua.

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Mas esta fotografia se destaca não apenas pela coroa lunar ou pela composição, que inclui as montanhas Sfornioi e a vila italiana de Pieve di Cadore, mas também porque foi tirada poucos dias antes da grande conjunção de Júpiter e Saturno. Os dois planetas gasosos estão no lado direito, pouco acima das árvores.

Quarta-feira (20/01) — Turbulência magnética

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O fato de que as galáxias possuem um campo magnético já é conhecido há algum tempo, mas os astrônomos seguem cada vez mais ampliando a compreensão de como eles se formam. Aqui temos a conhecida Galáxia do Rodamoinho, ou M51, e sua galáxia companheira, a M51b. A galáxia em si, é um ótimo exemplo de galáxia espiral, porque a Terra está em uma posição que nos permite visualizar todo o seu disco e braços curvilíneos.

Quando se observa a M51 com um telescópio de rádio, o campo magnético se torna evidente, acompanhando a curvatura dos braços. Mas com o observatório aéreo SOFIA, da NASA, o campo magnético na borda externa do disco galáctico parece se entrelaçar nos braços. O campo magnético é formado por partículas de poeira e provavelmente o puxão gravitacional da M51b, que atrai para si o gás e a poeira da galáxia maior. Essa interação agita a poeira e as linhas do campo magnético, gerando uma turbulência que resulta neste padrão inesperado padrão nos braços externos.

Quinta-feira (21/01) — M78

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A Nebulosa de Órion não é a única presente na constelação de Órion. Na verdade, esta região do céu é bastante fértil, com diversas nuvens de formação estelar. Nesta imagem, está a M78, uma das mais brilhantes. A uma distância de 1.500 anos-luz, a nebulosa tem cerca de 5 anos-luz de diâmetro.

A tonalidade azulada é por causa de sua facilidade em refletir a luz de estrelas mais jovens e quentes — que são azuis. Em especial, as estrelas HD 38563A e HDE 38563B, ambas de magnitude aparente 10, pertencentes à classe espectral. Contudo, a nebulosa também abriga muitas outras estrelas, incluindo um grupo com cerca de 45 estrelas jovens de pequena massa, que ainda não estão na sequência principal. Ou seja, seus núcleos ainda estão muito frios para dar início à fusão do hidrogênio.

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Sexta-feira (22/01) — Galaxy diamond

Este panorama em 360 graus da Via Láctea é o resultado de um trabalho que levou dois anos para ser concluído. O astrofotógrafo Alvin Wu conseguiu capturar nossa galáxia — toda a extensão visível aqui da Terra — de modo que a faixa de poeira, nebulosas e estrelas se transformou em um anel que podemos chamar de obra de arte. Para fotografar os dois hemisférios da galáxia, no verão e no inverno, ele recorreu a locais no oeste da China e e na Nova Zelândia.

Para localizar melhor os elementos mais conhecidos, a protuberância do centro galáctico está bem no topo. O planeta Júpiter é o ponto mais brilhante logo acima da protuberância central. Quase 180 graus do centro da galáxia, na parte inferior do anel, podemos encontrar a região de Orion. Por fim, também aparecem neste mosaico nossas galáxias vizinhas, a Grande e Pequena Nuvem de Magalhães.

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Fonte: APOD