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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (01/01 a 07/01/2022)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 08 de Janeiro de 2022 às 11h00

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T. Ladanyi/D. Caxete/NASA, ESA, JPL, Cassini Imaging Team
T. Ladanyi/D. Caxete/NASA, ESA, JPL, Cassini Imaging Team
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O primeiro sábado do ano chegou, e você já pode conferir as imagens astronômicas da primeira semana de 2022.

Neste compilado, você encontrará alguns registros que relembram fenômenos ocorridos no ano passado, como fotos das Luas cheias que ocorreram ao longo de 2021 e até as mudanças na posição do nascer do Sol durante o ano. Há também um clique do eclipse solar ocorrido em dezembro, que além de mostrar a Lua ocultando nossa estrela, registrou também uma ave simpática.

Além disso, aproveite ainda um registro do cometa Leonard — caso você não tenha conseguido observá-lo no céu enquanto esteve visível, pode conferir a beleza do objeto e de sua enorme cauda em uma foto feita em La Palma, nas Ilhas Canárias. Por fim, não se esqueça de admirar a lua Reia, de Saturno, pelos "olhos" da sonda Cassini, que a visitou há alguns anos.

Sábado (01) — Luas cheias de 2021

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O fotógrafo que criou a imagem composta acima se dedicou a registrar as Luas cheias que brilharam nas noites de 2021. A composição foi dividida de acordo com os meses, mostrando também as diferentes distâncias em que a Lua esteve ao longo do ano. Todos os cliques foram feitos com a mesma câmera e lente, em uma única escala.

Perceba que, ao longo do ano, o tamanho angular (ou seja, aquele que os objetos aparentam ter quando são vistos da Terra) varia — a maior Lua cheia aconteceu em maio, no momento em que a Lua estava chegando ao perigeu, a maior aproximação do nosso planeta. Já a menor ocorreu no apogeu em dezembro, quando ela estava mais distante de nós.

Além das variações de tamanho, a imagem mostra um costume interessante de outros países: os povos antigos do hemisfério norte davam diferentes apelidos à Lua cheia. Por exemplo, a primeira Lua cheia de janeiro é conhecida por lá como “Lua de lobo” graças a antigas tribos nativas dos Estados Unidos, que pareciam ouvir os uivos dos lobos com maior frequência nesta fase lunar.

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Domingo (02) — Halo lunar

Esta foto foi feita durante uma noite de inverno em Madrid, na Espanha. Naquele momento, a fotógrafa conseguiu registrar um halo lunar quádruplo, um fenômeno raríssimo. Os halos lunares se formam quando há pequenos cristais de gelo na atmosfera, que a transformam em uma grande lente capaz de formar halos ao redor do Sol ou da Lua.

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A luz refletida pelo disco lunar atravessa cristais hexagonais, criando o halo nítido ao redor da Lua. Se você observar a imagem com atenção, encontrará outros: um deles é o halo circunscrito inclinado na horizontal, formado por colunas de cristais de gelo. O terceiro halo aparece inclinado 46º da Lua, enquanto o mais externo de todos foi registrado parcialmente.

Além dos halos, o registro do céu noturno capturou algumas estrelas. Uma delas é Sirius, que se destaca enquanto a estrela mais brilhante que conseguimos ver à noite. Além dela, vemos também Betelgeuse e o trio de estrelas do Cinturão de Órion.

Segunda-feira (03) — Cometa Leonard

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Considerado o mais brilhante de 2021, o cometa Leonard ofereceu um espetáculo no céu para quem conseguiu vê-lo. A cauda do objeto era muito longa para ser completamente vista com um telescópio, e era difusa demais para ser observada a olho nu, principalmente para quem estava nos grandes centros urbanos.

Outra opção seria registrar o cometa com lentes grandes angulares, que têm um amplo campo de visão. Foi este o método escolhido (e recomendado) pelo fotógrafo responsável pelo registro acima, produzido em dezembro de 2021 em La Palma, nas Ilhas Canárias. Além do cometa, ele registrou a constelação do Escultor e as galáxias NGC 55 e NGC 7793.

Desde então, o cometa seguiu viagem e já passou por sua maior aproximação do Sol, entre as órbitas de Mercúrio e Vênus. Se tiver sobrevivido ao encontro, o que sobrou do núcleo do Leonard seguirá para fora do Sistema Solar, para nunca mais voltar.

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Terça-feira (04) — Lua de Saturno

A lua que aparece escondida acima é Reia, parcialmente oculta pelos anéis de Saturno. O registro foi feito em 2010 pela sonda robótica Cassini, que capturou o anel F (o mais externo e discreto do gigante gasoso), junto dos anéis A e B; estes dois são considerados as partes mais densas do sistema de anéis de Saturno, e aparecem logo atrás do F.

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Além de Reia, a outra lua que aparece na foto é Janus, mais distante. Trata-se de uma lua curiosa: ela mede apenas 180 km, mas o que chama a atenção logo de cara é sua forma alongada e irregular, que até lembra uma batata. Ela troca de lugar de tempos em tempos com Epimetheus, outro satélite natural de Saturno.

A sonda Cassini foi lançada em 1997 e chegou ao sistema saturniano em 2004. Após passar mais de uma década de exploração por lá, ela ficou sem combustível em 2017 e encerrou sua missão em um mergulho final realizado na atmosfera do planeta, que a derreteu.

Quarta-feira (05) — Sol nascendo em 2021

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A direção do nascer do Sol vai mudando ao longo do ano, e uma boa forma de ver isso é com a imagem composta acima. A sequência de fotos mostra a direção da nossa estrela nascendo em cada mês do ano passado na cidade de Edmonton, no Canadá. O fotógrafo tentou fazer os registros sempre o mais perto possível do dia 21 de cada mês.

Apesar da crença popular, que diz que o Sol necessariamente nasce no leste e se põe no oeste, não é exatamente isso que ocorre. Na verdade, a direção exato em que nossa estrela nasce e se põe depende de dois fatores: um deles é a estação do ano, e o outro, é a latitude do observador. No hemisfério sul, vemos o Sol nascendo um pouquinho mais ao sul; já no inverno, o astro aparece mais ao norte.

A composição é formada por 13 fotos porque a primeira delas foi feita em dezembro de 2020, e a última, em dezembro de 2021. Como as fotos foram feitas no hemisfério norte, elas mostram o Sol seguindo ao norte, no primeiro dia do inverno até o início do verão; depois, o Sol volta à direção sul até o início do inverno.

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Quinta-feira (06) — Vênus crescente

Não, essa não é uma foto da Lua crescente. Na verdade, o que está nascendo por trás das torres da catedral nesta foto é Vênus, um dos nossos planetas vizinhos. Localizado a cerca de 60 milhões de quilômetros de nós, o planeta foi registrado em uma sequência de exposições feitas no dia 1 de janeiro, na Hungria.

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As fases lunares mudam de acordo com as variações da incidência da luz solar sobre sua superfície. Já no caso de Vênus, há algumas diferenças: o planeta leva 225 dias para completar uma órbita ao redor do Sol. Assim, como viaja ao redor do Sol mais rapidamente que a Terra, acontecem algumas mudanças de tempos em tempos; às vezes ele está perto relativamente perto do nosso planeta, e em outras vezes, está no outro lado do Sol.

São essas mudanças na posição relativa as responsáveis pelas fases. Aqui, o planeta aparece na fase crescente. Como tem órbita menor que a da Terra (e, portanto, uma distância menor para percorrer) e é mais rápido, Vênus entra e sai do espaço entre nosso planeta e o Sol com frequência. Este fenômeno é conhecido como “conjunção inferior” com o Sol, e acontecerá no próximo domingo (9).

Sexta-feira (07) — Eclipse solar diferente

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A fotógrafa que fez este clique conseguiu registrar um momento incrível: um pinguim da espécie pinguim-de-adélia estava emitindo uma vocalização. Trata-se de um comportamento típico dos pinguins machos, que vocalizam para marcar seus territórios — no caso, o território era em Cape Crozier, na Antártida.

Esta região é o lar de uma das maiores colônias dos pinguins-de-adélia, e é objeto de estudo de pesquisadores há mais de 25 anos. Além da ave, a foto mostra também o eclipse solar ocorrido no dia 4 de dezembro, o último do ano passado. Durante o fenômeno, a Lua se moveu entre o Sol e a Terra, bloqueando total ou parcialmente o disco solar.

Dependendo das condições do tempo durante o fenômeno, quem estiver na região do eclipse solar total consegue observar a coroa solar, a atmosfera mais externa da nossa estrela que geralmente fica ofuscada pelo brilho liberado pelo Sol. No caso deste eclipse, a Antártida era o único local em que foi possível observá-lo em totalidade.

Fonte: APOD