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Cometa que vai passar perto da Terra pode brilhar tanto quanto Vênus

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Ganapathy Kumar/Unsplash
Ganapathy Kumar/Unsplash

Em breve, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) pode oferecer um verdadeiro espetáculo no céu. Descoberto em fevereiro, o objeto pode ficar tão brilhante quanto Vênus — e, com sorte, vai ser visível nos céus do hemisfério sul.

Quando foi visto pela primeira vez, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) estava a cerca de 1,09 bilhões de quilômetros do Sol, ou seja, bem além da órbita de Júpiter. Em 27 de setembro, ele vai fazer sua aproximação máxima do Sol, ficando a apenas 58 milhões de quilômetros do astro — que, por acaso, é também a distância média entre Mercúrio e a nossa estrela. 

Já em 12 de outubro, o cometa vai ficar a 71 milhões de quilômetros da Terra, e alguns cálculos sugerem a possibilidade de que se torne tão brilhante quanto Vênus por volta do dia 8 daquele mês. Ainda, as interações com as partículas do Sol podem fazer com que o cometa apresente uma longa cauda. 

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Mas, afinal, será que vai dar para ver o cometa no céu do Brasil? Bem, os cometas são conhecidos como objetos imprevisíveis, e não é diferente com o Tsuchinshan–ATLAS. Ele parece ter vindo da Nuvem de Oort, e caso apresente diminuição repentina no brilho, é possível que frustre as tentativas de observação quando estiver mais próximo.

Por outro lado, caso o cometa mantenha brilho estável a partir do fim de julho, existem boas chances de conseguirmos observá-lo nos céus do hemisfério sul. Assim, resta aguardar para saber como o objeto vai se comportar. 

Descoberta do cometa 

O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) foi descoberto em 22 de fevereiro em meio aos dados do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), na África do Sul. Resumidamente, o ATLAS é um sistema de alertas que identifica asteroides próximos da Terra com antecedência de dias ou até semanas. 

Por isso, em um primeiro momento, o cometa pareceu ser um asteroide. No entanto, imagens obtidas pelo Observatório da Montanha Púrpura, na China, não deixaram dúvidas: realmente se tratava de um cometa a caminho da Terra

Por enquanto, os cálculos da excentricidade da órbita (o quão oval ela é) do cometa indicam que ele veio da Nuvem de Oort. Trata-se de uma nuvem de objetos gelados encontrada além dos limites do Sistema Solar, que pode abrigar bilhões de cometas desconhecidos.

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Fonte: Space.com