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Cometa 12P/Pons–Brooks: quão perto da Terra ele deve ficar em 2024?

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Ganapathy Kumar/Unsplash
Ganapathy Kumar/Unsplash

O cometa 12P/Pons-Brooks explodiu recentemente enquanto segue viagem pelo espaço, rendendo belas fotos. Ele ainda não está brilhante o suficiente para ser visto a olho nu, mas isso deve mudar no ano que vem, quando fizer sua aproximação máxima da Terra. Não há riscos de o objeto atingir nosso planeta.

Em 21 de abril de 2024, o cometa 12P/Pons-Brooks vai chegar ao periélio, o ponto de aproximação máxima com o Sol — aliás, este é o mesmo mês em que vai acontecer um eclipse solar total visível somente no hemisfério norte.

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Vale a pena acompanhar a chegada do cometa ao periélio já que, neste momento, ele vai estar mais brilhante do que nunca. Para vê-lo, basta procurá-lo na direção da constelação Taurus, o Touro, visível no céu do hemisfério sul.

No dia 2 de junho, o cometa vai fazer sua aproximação máxima da Terra, ficando a 224 milhões de quilômetros do nosso planeta — a distância é cerca de 50% maior que aquela entre o Sol e a Terra. Ele vai estar um pouco menos brilhante quando isso acontecer, mas, felizmente, vai permancer visível no hemisfério sul até o fim do ano.

Sendo um cometa periódico, o 12P/Pons–Brooks leva 71 anos para completar uma volta ao redor do Sol. Ele fez sua última passagem por nosso astro em maio de 1954 e, após sua aproximação no próximo ano, vai retornar para uma nova visita somente em 2095.

Cometa 12P/Pons-Brooks

Este cometa foi descoberto em 1812 pelo astrônomo francês Jean-Louis Pons, e foi identificado como o mesmo objeto visto em 1385 e 1457. Ele é formado por um núcleo sólido com 30 quilômetros de diâmetro.

Outra característica interessante é sua atividade vulcânica criogênica, ou seja, ele tem vulcões gelados que não expelem lava, mas sim gelo, poeira e gás. A erupção mais recente dele liberou uma nuvem de partículas que lhe conferiu formato que, para alguns, lembra o da nave Millennium Falcon, da franquia Star Wars.

Cometas do tipo são formados nas regiões mais distantes do Sistema Solar, onde as temperaturas são extremamente baixas. Assim, quando os criovulcões entram em erupção, eles podem expelir materiais primordiais, capazes de revelar mais sobre o início do nosso sistema.

Fonte: Via: ZME Science