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China estuda uso de tecnologia antissatélite caso a Starlink se torne uma ameaça

Por| Editado por Rafael Rigues | 26 de Maio de 2022 às 18h00

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Reprodução/NASA
Reprodução/NASA

Um grupo de pesquisadores da China, incluindo alguns da indústria de defesa do país, estão considerando o desenvolvimento de tecnologias capazes de desativar ou até mesmo destruir satélites da constelação Starlink, da SpaceX. Eles alegam que tal medida seria adotada caso a rede de satélites se tornasse uma ameaça à infraestrutura chinesa.

Em um estudo liderado pelo Instituto de Rastreamento e Telecomunicações de Pequim, o principal autor, Ren Yuanzhen, diz que a China precisa desenvolver tecnologias antissatélite, o que incluiria um sistema de vigilância sem precedentes para rastrear e monitorar os satélites Starlink.

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“Uma combinação de métodos de destruição indireta (soft kill) ou direta (hard kill) deve ser adotada para fazer com que alguns satélites Starlink percam suas funções e destruam o sistema operacional da constelação”, alegaram os autores. A constelação Starlink é o mais ambicioso projeto de internet via satélite para clientes comerciais e militares.

Embora Elon Musk, fundador da SpaceX, tenha tido uma relativa popularidade na China como uma figura de inovação, as críticas a Musk aumentaram bastante depois que a estação espacial chinesa (Tiangong) precisou se desviar duas vezes no ano passado para evitar uma colisão com satélites Starlink.

Segundo Ren, os drones militares e os caças furtivos dos EUA poderiam aumentar a velocidade de transmissão de dados em mais de 100 vezes com o uso de conexões Starlink. A SpaceX assinou um contrato com o Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver novas tecnologias baseadas na rede.

Tecnologias antissatélite

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Os pesquisadores também alegaram que os satélites Starlink, equipados com propulsores de íons, poderiam ter energia suficiente para atingir alvos chineses em órbita. Atualmente, a constelação tem mais de 2.300 unidades em funcionamento ao redor da Terra.

A China alega ter desenvolvido diversos dispositivos de imagem terrestres capazes de fotografar satélites em órbita com alta resolução, mas a capacidade de interceptar os sinais de cada satélite Starlink e observar uma possível ameça ainda não existe.

Por se tratar de uma rede global de satélites, a China precisa desenvolver um sistema que consiga destruir toda ela ou grande parte, não apenas uma unidade ou outra. "Isso requer algumas medidas de baixo custo e alta eficiência", acrescentaram os autores.

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No entanto, ainda não está claro até que ponto o estudo sobre as tecnologias antissatélites faz parte dos esforços militares da China, mas, no mínimo, revela que o país está focado em proteger sua infraestrutura no espaço e quer estar pronta para uma possível ameaça.

O estudo foi publicado na revista Modern Defense Technology.

Fonte: Modern Defense TechnologyBusiness Inside