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EUA se comprometem a banir testes de mísseis antissatélites
Os Estados Unidos vão banir testes de mísseis antissatélite de ascensão direta (ASAT), capazes de destruir satélites em órbita e criar uma nuvem de detritos perigosos no espaço. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (18) pela vice-presidente Kamala Harris. Segundo ela, o compromisso deverá representar uma “nova norma internacional para o comportamento responsável no espaço”.
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O anúncio aconteceu nas instalações da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Em sua fala, Harris destacou que estes testes são perigosos, e que o país não irá conduzi-los. O banimento também uma forma de iniciar um esforço internacional para a adoção de outras iniciativas do tipo.
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Segundo ela, o fim de testes ASAT deve ser parte integrante de um entendimento compartilhado do que constitui as atividades espaciais seguras e responsáveis, já que, além de colocar em risco a exploração do espaço e atividades econômicas, estes testes ainda aumentam os perigosos de conflitos armados. “Sem normas claras, encaramos um risco desnecessário no espaço”, alertou.
Harris recordou o teste de míssil antissatélite realizado pela China, em 2007, e pela Rússia, no ano passado, ressaltando que estas foram “algumas das ameaças de maior pressão à segurança e sustentabilidade do espaço”. De acordo com ela, os testes foram voltados para o desenvolvimento de armas antissatélites, que seriam usadas para negar aos Estados Unidos a habilidade de usar recursos espaciais.
Riscos dos testes de mísseis antissatélites
Na ocasião, o teste da Rússia destruiu um satélite próprio na órbita baixa da Terra. O procedimento foi amplamente criticado pela comunidade internacional, que o descreveu como “perigoso” e “irresponsável”. O teste resultou na criação de uma nuvem de milhares de detritos, capazes de colocar em risco tanto satélites em órbita quanto veículos espaciais tripulados. De acordo com a vice-presidente, ainda há 2.800 detritos do teste da China.
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Para especialistas, o anúncio é um passo importante para manter a segurança e sustentabilidade do espaço. “Este anúncio é sobre tentar estabelecer normas internacionais para o comportamento responsável no espaço, e encorajar outros países a participar”, observou Robin Dickey, especialista em políticas espaciais na Aerospace Corp.
Contudo, o deputado Douglas Lamborn recebeu a novidade com cautela. “Esta decisão cria mais oportunidades para a China e a Rússia manterem nossos ativos no espaço em risco, enquanto continuam colocando em campo tecnologias ASAT e criam detritos espaciais perigosos”, destacou.
Fonte: Via: SpaceNews
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