Bola de plasma lançada por mancha solar "morta" chega à Terra nesta semana
Por Danielle Cassita • Editado por Rafael Rigues | •
Uma mancha solar “morta” explodiu no Sol nesta segunda-feira (11). Durante a explosão, grandes quantidades de energia foram expelidas na forma de radiação, causando também uma ejeção de massa coronal (CME). O material da CME deverá chegar ao nosso planeta na quinta-feira (14), e pode causar auroras boreais intensas na atmosfera superior terrestre.
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As manchas solares são regiões escuras na superfície solar, que podem durar desde algumas horas até alguns anos. Neste caso, a mancha AR2987 liberou uma erupção solar de classe C, um tipo bastante comum que raramente causa impactos na Terra.
Quando as CMEs atingem a Terra, as partículas eletricamente carregadas podem descer pelas linhas do campo magnético nos polos do nosso planeta; ali, elas interagem com os gases na atmosfera e liberam fótons, criando as cores e formas das auroras boreais. É possível que esta CME cause uma pequena tempestade geomagnética nesta quinta-feira (14), com leves impactos em operações de satélites e flutuações na rede elétrica.
A mancha responsável por tantos fenômenos é considerada “morta”. É o que explica Philip Judge, físico solar do National Center for Atmospheric Research (NCAR), acrescentando que a convecção do Sol é capaz de romper estas manchas, deixando para trás pedaços de superfície solar quieta.
Contudo, estes vestígios permanecem magneticamente perturbados, e as manchas podem “reiniciar” de tempos em tempos. “Há mais magnetismo aparecendo posteriormente na mesma região, como se houvesse uma fraqueza na zona de convecção, ou uma região instável sob a superfície que é particularmente boa em gerar campos magnéticos”, explicou.
Hoje, o Sol está em um momento de maior atividade, o que explica estes e outros fenômenos ocorridos recentemente. Nosso astro passa por ciclos de 11 anos, marcados por períodos de maior e menor atividade. Atualmente, o Sol está no ciclo 25, e a quantidade de manchas solares segue crescendo. O esperado é que o pico deste ciclo ocorra em 2025, acompanhado de tempestades solares e auroras coloridas no céu.
Fonte: Space Weather, Live Science