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Balões da China já estiveram no espaço aéreo dos EUA outras vezes

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Fevereiro de 2023 às 10h35

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US Pentagon
US Pentagon

O general Glen D. VanHerck, responsável pelo espaço aéreo norte dos Estados Unidos, afirmou que passagens de balões espiões da China, ocorridas durante o governo do ex-presidente Donald Trump, não foram detectadas em tempo real. Segundo ele, o Pentágono soube dos objetos somente depois. Os comentários foram revelados em uma matéria do jornal The New York Times publicada na segunda-feira (6), após a identificação e derrubada de um novo balão chinês em território estadunidense.

De acordo com os militares, os balões entraram no espaço aéreo norte-americano pelo menos três vezes entre janeiro de 2017 e janeiro de 2021. “Vou te dizer, não detectamos aquelas ameaças, e esta é uma lacuna de percepção de domínio”, observou o general. Demorou para eles serem descobertos, em parte, porque alguns dos incidentes foram classificados como “fenômenos aéreos não identificados”, ou seja, os chamados “UAPs”, na sigla em inglês.

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Relatórios já publicados sobre os UAPs apontavam que parte dos fenômenos observados por militares da Marinha e de outras instituições tinha relação com balões. Assim como aconteceu com outros eventos sem explicação, os incidentes foram transferidos aos cuidados de uma força-tarefa do Pentágono, criada em maio de 2021 para detectar, analisar e catalogar UAPs.

Como esta e outras instituições vêm aumentando os esforços para descobrir explicações para os incidentes, os oficiais reclassificaram alguns deles como balões espiões da China. Não está claro quando aconteceu a nova classificação dos incidentes e, de acordo com os militares, eles "mantiveram o sigilo das informações para evitar que os chineses soubessem que as tentativas de monitoramento foram descobertas".

Em janeiro, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional publicou um relatório bastante aguardado sobre UAPs, que descrevia mais de 500 observações destes fenômenos. Do total, 163 foram identificados como “balões” ou entidades semelhantes; contudo, ainda não se sabe se havia algum balão voltado, especificamente, para vigilância e monitoramento por parte de algum outro país.

Fonte: The New York Times